AutoIndústria
Apesar de o Sudeste, em especial São Paulo, continuar dominando a venda de carros eletrificados, o produto vem se disseminando em todo o território nacional, conforme levantamento divulgado esta semana pela ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
Por região, o Sudeste liderou o índice de crescimento no ano passado, dobrando os negócios no setor, mas houve altas expressivas também no Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte de, respectivamente, 91%, 82%m 73% e 67%.
Todas as regiões, segundo a entidade, cresceram acima de 50% e apenas quatro Estados tiveram aumento de emplacamentos inferior a esse índice em relação a 2022.
“Em oito deles os emplacamentos aumentaram mais de 100%”, informa a ABVE, destacando Espírito Santo (+169%), Distrito Federal (+161%), Alagoas (+146%), Ceará (+113%), Sergipe (+107%), São Paulo (+105%), Rio Grande do Norte (+103%) e Santa Catarina (+101%) entre os maiores porcentuais.
Na avaliação da entidade, a expansão de 91% no Nordeste, com 11.788 licenciamentos no ano passado ante os 6.175 do anterior, “indica que a eletromobilidade deixa de ser um fenômeno do Sudeste e começa a se espalhar por todo o País”.
A evolução na região deve-se ao desempenho positivo em cidades como Maceió (+192%), Fortaleza + (173%) e Recife (+134%).
Ainda no âmbito de municípios, a entidade cita expressivas altas em Campinas, SP (+247%) e Vitória, ES. Em números absolutos, a liderança por cidades segue com São Paulo (15.648 emplacamentos), Brasília (6.401), Rio de Janeiro (4.332), Belo Horizonte (3.689) e Curitiba (3.152).
Por Estados, São Paulo é líder isolado na venda de híbridos e elétricos (32.787 unidades em 2023, ou 35% do total), seguido por Rio de Janeiro (6.901 – 7,3%), Minas Gerais (6.413 – 6,8%) e Distrito Federal (6.401 – 6,8%).
No País como um todo, foram emplacados 93.927 veículos leves eletrificados em 2023, alta de 91% sobre 2022 (49.245). O Sudeste responde por 52%, com 48.947 licenciamentos no ano passado.
Os números de eletrificados se referem à soma de veículos elétricos híbridos plug-in (PHEV), elétricos 100% a bateria (BEV) e elétricos híbridos convencionais sem recarga externa (HEV).
O segmento de eletrificados, em especial dos 100% elétricos, depende de redes de recarga, que também estão em expansão no Brasil mas ainda não cobrem adequadamente todas as regiões, mesmo aquelas com maior participação em emplacamentos. (AutoIndústria)