AutoIndústria
Apesar de participações ainda modestas, as vendas de carros elétricos e híbridos vêm crescendo de forma consistente no mercado brasileiro. A estimativa é de 88 mil emplacamentos este ano, alta de 80% sobre as 49,2 mil de 2022.
Em índice um pouco menor, de 61%, a própria Anfavea admite que o segmento continuará em expansão no ano que vem, projetando 142 mil emplacamentos.
Desse total, 117,9 mil serão híbridos e 24,1 mil puramente elétricos. Este ano serão, respectivamente, 15,2 mil e 73,6 mil. Em novembro, com 10,6 mil licenciamentos, o mercado de eletrificados atingiu participação recorde de 5,3%.
Além das marcas tradicionais que já operavam com importados eletrificados no mercado brasileiro, tipo BMW, Volvo Car, Mercedes-Benz e Audi, duas passaram a atuar mais recentemente e estão sendo decisivas para o crescimento do segmento.
São as chinesas BYD e GWM, que trouxeram elétricos com preços mais acessíveis, na casa de R$ 150 mil – caso do Dolphin e Ora 03, pela ordem. Sobre o crescimento das duas marcas por aqui, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, lembrou que o importante é que ambas vão ter produção no País.
“A GWM começa a operar em Iracemápolis, SP, em meados do ano e a BYD já admitiu que deverá antecipar início de produção, antes prevista para 2025, para o final de 2024”, lembrou o executivo.
Questionado sobre quando as duas passarão a ser associadas da Anfavea, Lima Leite comentou que para se filiar é preciso ter produção local e não titubeou na resposta:
“Questão de tempo. Assim que forem fabricantes, ambas serão bem-vindas, bem-recebidas. Com investimentos em produção local, estão trazendo tecnologia para o Brasil, que é o que defendemos sempre. O que precisamos é exatamente isso, investimentos locais em inovação”.
Nesse contexto, Lima Leite insistiu na importância de a segunda fase do Rota 2030, que vai ser chamada Mover, seja definida e divulgada ainda este ano. “Previsibilidade é a palavra de ordem, é fundamental tanto para quem já está aqui como para quem está chegando”, conclui o presidente da Anfavea. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)