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Pode acontecer logo: Há apenas alguns meses, esperava-se que a alta demanda por carros elétricos e o aumento dos preços do níquel e de outros metais para baterias elevassem os preços das baterias de carros elétricos. Mas agora os preços dos metais das baterias estão caindo e, com eles, os preços das baterias. Isso poderia finalmente trazer carros elétricos mais acessíveis para o mercado.
De acordo com uma análise do banco americano Goldman Sachs, o custo de um kWh de capacidade de bateria em 2022 era de cerca de 155 dólares. Até 2025, espera-se que esse valor caia para 99 dólares por kWh, ou seja, 40%. Anteriormente, o banco presumia uma redução de apenas 33%.
Espera-se que quase metade da queda no preço das baterias de carros elétricos se deva à queda dos preços do lítio, níquel e cobalto. De acordo com a previsão, os preços das baterias deverão cair onze por cento ao ano de 2023 a 2030. Isso deve resultar em preços de cerca de 70 dólares por kWh em 2030. Isso significa que os carros elétricos poderiam alcançar a paridade de custo com os motores a combustão já em meados desta década – sem subsídios. Isso, por sua vez, levaria a um aumento significativo na demanda por carros elétricos.
Atualmente, a demanda por carros elétricos está caindo porque os subsídios na Europa e na China estão diminuindo. O Goldman Sachs acredita que, no futuro, a demanda provavelmente será impulsionada mais pelo mercado. Espera-se que a participação dos carros elétricos no mercado global geral aumente de apenas 2% em 2020 para 17% em 2025 e 35% em 2030. Essas são as previsões para o cenário básico. Em um cenário de “hiperaceitação” (ou seja, quando a aceitação do consumidor em relação aos carros elétricos aumenta de forma particularmente forte), supõe-se um aumento para 21% em 2025 e 47% em 2030.
Até o momento, a China está liderando a trajetória em termos de participação de veículos elétricos. Quase 1 em cada 4 carros vendidos lá já tem propulsão totalmente elétrica. De acordo com o levantamento, isso se deve aos preços mais baixos dos carros elétricos, já que eles são subsidiados pelos fabricantes chineses – eles até vendem carros elétricos com prejuízo. De acordo com a previsão, isso deve mudar por volta de 2025, pois os preços das baterias devem ser significativamente mais baixos e, como resultado, a participação dos BEVs será automaticamente maior.
Também se espera que os preços das baterias caiam em decorrência de novas tecnologias. Por exemplo, materiais aprimorados com silício poderiam substituir o grafite puro no ânodo, o que aumentaria a densidade de energia. Também haverá baterias com células maiores no futuro – por exemplo, se a Tesla substituir as células 2670 pelas novas células 4680. Isso levará a uma redução significativa nos custos de montagem de célula para pacote. (InsideEvs/Goldmansachs/Julio Cesar/Stefan Leichsenring)