Motor 1
A lista de países contemplados com fábricas da Hyundai, já composta por Coreia do Sul, Estados Unidos, Tchéquia, China, Índia, Brasil e outros, deverá ser ampliada nos próximos anos com a adição de importante nome: a Arábia Saudita. Por lá, a gigante coreana erguerá unidade fabril em parceria com o PIF, fundo soberano local, ao custo de aproximadamente US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões numa conversão direta).
Segundo informado, o PIF assumirá participação de 70% no novo empreendimento e a Hyundai ficará com os 30% restantes. Nesse sentido, a montadora sul-coreana assumirá o papel de parceiro tecnológico e estratégico do negócio, oferecendo suporte técnico e comercial para facilitar o estabelecimento da planta.
O objetivo será produzir 50.000 veículos anualmente, incluindo tanto modelos tradicionais equipados com motores a combustão quanto carros elétricos. Para tanto, a unidade terá instalações modernas e adaptadas para suportar a produção dos dois tipos de powertrains. O início da construção está previsto para 2024 e, se tudo seguir conforme planejado, a inauguração acontecerá em 2026.
“Estamos entusiasmados com o potencial deste empreendimento para impulsionar avanços significativos na produção de veículos, promovendo um futuro automotivo sustentável e ecologicamente correto na região. Nossos esforços conjuntos criarão oportunidades para inovação e progresso ambiental”, afirmou a Hyundai em comunicado. Apesar das expectativas, a marca não revelou quais modelos produzirá na nova fábrica.
A empresa disse ainda que a fábrica “criará milhares de empregos” e “acelerará o desenvolvimento do ecossistema automotivo e de mobilidade da Arábia Saudita”. “A parceria é a mais recente iniciativa da PIF para elevar a Arábia Saudita como um player automotivo global, impulsionar a transformação no setor e aumentar as capacidades de produção e infraestrutura”, completou.
A Hyundai, vale pontuar, não será a primeira montadora a se estabelecer no país. A Lucid Motors, de origem norte-americana, já monta veículos elétricos na Arábia Saudita em regime de SKD (kit semi-desmontados) e planeja avançar para fabricação completa nos próximos anos. O país também conta com parque de fornecedores com produção de peças, acessórios e componentes estruturais. (Motor 1/Dyogo Fagundes)