Evoque combina estilo e luxo, mas ainda deve eletrificação

Jornal do Carro

 

Enquanto o mercado de veículos avança rapidamente para a eletrificação, muitos consumidores ainda preferem veículos tradicionais, com motor apenas a combustão. Para esse público, uma das opções é o Range Rover Evoque. O SUV feito em Itatiaia (RJ) ainda não traz as atualizações recebidas pelo modelo inglês, mas chama a atenção pelo estilo moderno e o ótimo acabamento. Seu motor 2.0 de quatro cilindros, turbo e flexível, gera potência de 250 cv e torque de 36,3 mkgf.

 

O câmbio é automático de nove marchas da alemã ZF e a tração é integral, AWD. Além disso, o SUV sai de fábrica com o sistema Terrain Response, que permite vários ajustes para encarar desde passeios sobre terra batida a desafios em terrenos difíceis. Na prática, o Evoque garante agilidade e boa performance tanto no asfalto quanto no off-road.

 

A Range Rover oferece a linha 2023 do SUV no Brasil apenas na versão HSE R-Dynamic, a mais bem equipada e tabelada a R$ 459.950. O Evoque traz itens como teto solar e rodas de liga leve de 20 polegadas. A unidade avaliada pelo Jornal do Carro tinha revestimento interno bicolor. Os tons vinho e preto deixam a cabine com visual muito elegante.

 

Outro destaque é o retrovisor interno, que reproduz imagens captadas pela câmera junto à antena do tipo “barbatana de tubarão”, instalada na parte traseira do teto. A qualidade da imagem é ótima e amplia bastante o campo de visão para o motorista.

 

O conforto é outro ponto alto, embora o espaço interno não seja dos maiores, uma vez que a distância entre-eixos é de 2,68 metros. Ou seja, 2 cm mais curto que o de um sedã Toyota Corolla, por exemplo.

 

Seja como for, há ajuste elétrico da coluna de direção e volante. Além disso, o banco se afasta para facilitar o acesso à posição de condução.

 

As duas telas no meio do painel têm 10” cada. A de cima serve ao multimídia, que tem espelhamento sem fio com smartphones via Android Auto e Apple CarPlay. A inferior traz ajustes do ar-condicionado e do Terrain Response 2. No Evoque europeu, há uma única tela curva, de 11,4”.

 

Bom de guiar

 

O SUV também tem assistentes de condução semiautônoma, como acionamento automático do farol alto e da frenagem de emergência, além de monitoramento ativo de faixa de rolagem. Head-Up Display e borboletas atrás do volante para trocas manuais de marcha, além de som da marca Meridian, também vêm de série. O ótimo isolamento acústico contribui para o nível de conforto a bordo.

 

O Evoque 2023 é muito bom de guiar. Motor e câmbio respondem prontamente os comandos do motorista. As suspensões têm ajuste muito bem feito para as vias brasileiras. Já os ótimos ângulos de entrada (19,5°) e de saída (30,6°), e os 21,2 cm de vão livre permitem encarar com naturalidade lombadas e valetas, por exemplo.

 

Um dos poucos pontos negativos é o espaço reduzido para a cabeça de quem viaja no banco traseiro, por causa do desenho do teto atrás. Além disso, nessa área não há portas USB.

 

Por sua vez, o conjunto mecânico está longe de ser frugal. Com etanol, o SUV pode rodar, em média, 5,4 km/l na cidade e 7,1 km/l na estrada. Com gasolina, são, respectivamente, 8,2 km/l e 10,4 km/l.

 

Seja como for, mesmo com tantos rivais eletrificados chegando, o Range Rover Evoque continua sendo uma das referências entre os SUVs compactos de luxo. É um nome que conquistou um grande público no Brasil e um dos poucos do segmento com capacidade real até para o off-road pesado.

 

Marca própria

 

A linha Range Rover praticamente já trilhava um caminho independente mas, agora, ela e os demais modelos do Grupo Jaguar Land Rover passaram a ser marcas próprias. Ou seja, os SUVs da Land Rover, por exemplo, perderam o emblema e qualquer outra referência ao antigo nome. Vendida em 121 mercados no mundo, a marca Range Rover tem quatro modelos.

 

O luxuoso Range Rover parte de R$ 1.258.450 e o Range Rover Sport, de R$ 958.750 – a dupla faz parte da linha 2023. O Velar, que compõe a gama 2024, recém-lançada no País, tem tabela de R$ 703.630. (Jornal do Carro/Diogo de Oliveira)