O Estado de S. Paulo
Os contratos futuros do petróleo fecharam ontem em queda pelo terceiro dia seguido. A queda foi puxada pela valorização do dólar, que intensificou um movimento de realização de lucros antes da reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (Opep+), que acontece amanhã.
O barril do petróleo WTI para novembro cedeu 2,17%, a US$ 88,82 na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent, que é a referência para o mercado brasileiro, recuou 1,62% para dezembro, fechando em US$ 90,71 na Intercontinental Commodity Exchange (ICE).
O petróleo vinha sendo negociado em níveis muito altos e já havia começado a perder impulso no final da semana passada. “Então, talvez o que estejamos vendo seja um caso de realização de lucros, dada especialmente a proximidade da reunião da Opep+, na quarta-feira”, escreveu Craig Erlam, analista sênior de mercados da Oanda.
Demanda
Exceto por uma crise de abastecimento, poucos analistas consideram que os preços do petróleo possam se sustentar acima dos US$ 100 por barril no curto prazo, segundo o Wall Street Journal. A maioria dos analistas acredita que os preços ficarão perto dos US$ 90 até o fim do ano.
Os preços mais altos estão prejudicando a demanda. Os americanos estão dirigindo e voando menos, diz o JPMorgan, em razão dos elevados preços da gasolina e do combustível de aviação. E o aumento da demanda chinesa, impulsionada em grande parte por milhões de viajantes que voltaram a voar com o fim das restrições às viagens, também está diminuindo. (O Estado de S. Paulo)