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Autorização concedida nesta última quinta-feira (28) pelo Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes, garante que a cidade de São Paulo tenha 17 avenidas com o uso da sinalização experimental para motocicletas. Denominado de Faixa Azul, o projeto será implantado pela Companhia de Engenharia de Tráfego da prefeitura paulista (CET-SP).
“Achamos fundamental estimular os municípios a tomarem iniciativas para aumentar a segurança no trânsito. Junto com a prefeitura de São Paulo, que solicitou o uso da sinalização experimental, queremos avançar na redução de sinistros e evitar mortes no trânsito”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Junto com o secretário nacional de Trânsito, Adrualdo Catão, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e o secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Celso Gonçalves, o ministro assinou a portaria que amplia a ação para quatro novos trechos, que somam outras 11 avenidas ao projeto, e renova as autorizações ao uso da sinalização nas seis avenidas já atendidas.
“É compromisso nosso na Senatran darmos prioridade a projetos que são inovadores e apontam um caminho para reduzir as mortes no trânsito, além de proteger os mais vulneráveis, como motociclistas, ciclistas e pedestres”, disse Adrualdo Catão.
Quais são as novas avenidas?
- “Essa é uma experiência que São Paulo trouxe e que deu muito certo, sem registro de nenhum óbito em um ano, que demonstra a importância do projeto para a preservação da vida dos motociclistas”, afirmou o prefeito de São Paulo.
- Trecho 1: Avenidas Sumaré/Avenida Paulo VI e Avenida das Nações Unidas sentido Castelo Branco, entre Rua Prof. Campos de Oliveira e a Avenida Pe. José Maria e sentido Interlagos entre a Avenida Mario Lopes Leão e rua Prof. Campos de Oliveira;
- Trecho 2: Avenida Brigadeiro Faria Lima, Avenida Zaki Narchi e Avenida Luiz Dumont Villares;
- Trecho 3: Avenida Miguel Yunes;
- Trecho 4: Avenida Jacu Pêssego, Avenida Nova Trabalhadores, Avenida Vice-presidente José de Alencar Gomes da Silva e Avenida do Estado.
“É um sonho realizado, que é ter uma sinalização, um lugar digno para as motos andarem. Esperamos que, através dessa sinalização, que é a faixa azul, a gente possa vir reduzir o número de acidentes e salvar vidas, que é o que a gente mais busca”, disse o presidente do Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo (SindimotoSP), Gilberto Almeida dos Santos.
Quais são os trechos já autorizados?
- Avenida 23 de Maio, no trecho entre Praça da Bandeira e o Complexo Viário João Jorge Saad, sentido Santana/Aeroporto, com extensão aproximada de 6 km;
- Avenida Santos Dumont, Avenida Tiradentes e Avenida Prestes Maia, entre a ponte das Bandeiras e a praça da Bandeira, com extensão aproximada de quatro quilômetros;
- Avenida Rubem Berta, entre o complexo viário João Jorge Saad e a Avenida dos Bandeirantes, com extensão de dois quilômetros;
- Avenida dos Bandeirantes, em ambos os sentidos, entre a via Marginal do rio Pinheiros e o viaduto Ministro Aliomar Baleeiro, com extensão de 8,5 quilômetros.
Requisitos
No entanto, a implantação das novas faixas exige o atendimento de uma série de condições pré-estabelecidas pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). As larguras das faixas devem ser de, no mínimo, 1,10 metro entre eixos da sinalização horizontal para limite de velocidade de 50 km/h, e de 1,20 metro para limite de velocidade de 60 km/h.
Além disso, a CET-SP deverá enviar trimestralmente à Senatran um relatório com as análises e conclusões do projeto Faixa Azul ao término do período experimental de um ano, com os seguintes dados:
- Quantidade de sinistros, feridos e mortes envolvendo motocicletas, motonetas e ciclomotores a cada mês, por sentido de tráfego nos trechos relacionados, nos últimos cinco anos, incluindo o período experimental, englobando toda a via, suas faixas de rolamento, vias expressas e marginais e áreas de entrelaçamento;
- Informação do volume diário médio classificado por categoria de veículo, por sentido de tráfego nos trechos relacionados, nos últimos cinco anos, incluindo o período experimental;
- Levantamento da velocidade operacional de cada faixa dos trechos relacionados, antes e após a intervenção;
- Apresentar relatório detalhando o comportamento do tráfego em faixas com diferentes larguras. (Portal da Autopeças-Sincopeças)