WEG compra fabricante de motores elétricos nos EUA por R$ 2 bilhões

O Estado de S. Paulo

 

A fabricante de motores e geradores WEG informou ontem que comprou a unidade de motores elétricos industriais e geradores da americana Regal Rexnord, em um negócio de US$ 400 milhões (cerca de R$ 1,97 bilhão). A transação ainda está sujeita a ajustes de preços comuns a este tipo de operação, além de aprovações regulatórias, segundo comunicado da empresa.

 

O foco do negócio são os motores e geradores vendidos sob as marcas Marathon, Cemp e Rotor, da divisão operacional Industrial Systems da Regal Rexnord, empresa com sede nos Estados Unidos e listada na Bolsa de Valores de Nova York. A receita operacional líquida desses negócios em 2022 foi de US$ 541,5 milhões. O acordo inclui ainda a aquisição de dez fábricas em sete países (Estados Unidos, México, China, Índia, Itália, Países Baixos e Canadá), filiais comerciais em 11 países e uma equipe de cerca de 2,8 mil empregados no mundo.

 

Segundo a WEG, a distribuição geográfica dessas operações é complementar à atual presença do grupo e a aquisição deve permitir à empresa avançar em mercados estratégicos, como América do Norte, China e Índia. Hoje 55% das receitas da companhia adquirida vêm das Américas, principalmente dos Estados Unidos, Canadá e México.

 

“Na área de motores, estamos fortalecendo nossa posição como importante player global, e em geradores estamos acelerando o crescimento da companhia entre os principais participantes do mercado globalmente”, disse o diretor administrativo e financeiro da WEG, André Rodrigues, durante teleconferência feita pelos executivos da empresa.

 

Já o diretor da área de motores, Alberto Yoshikazu Kuba, destacou que a aquisição representa mais um passo na conquista do mercado chinês, e também no crescimento em produtos de nicho e motores especiais nos Estados Unidos. Ele também afirmou que enxerga possibilidade de crescimento nos mercados indiano e europeu, e destacou que a tendência após a pandemia tem sido colocar as fábricas próximas dos clientes e fornecedores. (O Estado de S. Paulo)