Tiguan retorna para ajudar VW a consolidar ponta nos SUVs

AutoIndústria

 

O mexicano Tiguan estará de volta ao mercado brasileiro após quase dois anos de ausência. O SUV de sete lugares segue na mesma segunda geração lançada em 2018, mas passou por ligeira atualização estética e modificações de conteúdo e técnicas.

 

A Volkswagen não revela a data precisa da chegada do SUV nas revendas nem as principais mudanças, além das visíveis na carroceria e que, na verdade, são discretas e conhecidas na Europa e América do Norte há três anos, ainda antes da interrupção da importação para o Brasil.

 

A retomada da importação do Tiguan ainda este ano é, na verdade, um tapa-buraco na linha de utilitários esportivos da marca, que conta com T-Cross, Nivus e Taos. A verdadeiramente nova geração do modelo foi apresentada — ainda camuflada — na semana passada no Salão de Munique, Alemanha, e está confirmada apenas para 2024.

 

Não deixa de ser, entretanto, um reforço que pode fazer a diferença, ainda em 2023, na briga da marca pela inédita liderança entre os SUVs, maior segmento do mercado brasileiro.

 

De janeiro a agosto, a Volkswagen negociou, de acordo com a Fenabrave, precisamente 87.461 utilitários esportivos no Brasil contra 87.405 unidades da Jeep, líder de mercado desde que começou a produzir em Pernambuco, em 2015. As participações de cada uma após os oito primeiros meses de 2023: 17,97% e 17,89%, respectivamente.

 

Contando desde sua primeira geração de cinco lugares, lançada em 2009 e então produzida na Alemanha, o Tiguan acumulou mais de 60 mil unidades negociadas no Brasil. A segunda e atual geração foi apresentada em 2018, como Tiguan Allspace, com os até então inéditos sete lugares e produção concentrada em Puebla, no México.

 

Em 2021, ano de encerramento dos embarques para cá, foram licenciadas 3,4 mil unidades, considerando também a versão de cinco lugares, ainda não definida para o retorno de 2023.

 

A vantagem marginal da Volkswagen no segmento foi alcançada pela primeira vez no acumulado de janeiro a julho, mas por quinhentos veículos de vantagem.  Essa histórica ultrapassagem se deve tanto ao crescimento da VW acima da média do mercado quanto ao decréscimo dos negócios da Jeep.

 

O segmento de utilitários esportivos alcançou 486,8 mil licenciamentos até agosto, 11% a mais do que em igual período do ano passado. Na mesma comparação, a VW avançou mais de 20% e a Jeep, em compensação, viu seus emplacamentos diminuírem 1%.

 

Os três representantes da Volkswagen têm crescimento destacados. O T-Cross lidera o segmento com 46 mil licenciamentos, avanço na média. Já o Nivus tem 32,3 mil licenciamentos de janeiro a agosto, 40% a mais, enquanto o SUV médio argentino Taos, na mesma comparação, passou de 6,7 mil para 9,1 mil unidades, salto de 35%. (AutoIndústria/George Guimarães)