AutoIndústria
Embora manifeste que possui escassas informações a respeito do projeto, José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil, revela que a matriz irá introduzir no portfólio um motor 1.0 híbrido flex. Se biocombustível, portanto, produto pensado para o mercado brasileiro.
“Sei apenas que tem programação para 2025. Será um modelo maior que o Rio e menor que o Cerato, em versões hatch e quatro portas. Terá motor a gasolina para os mercados globais e flex para o Brasil”, revela Gandini. “A iniciativa partiu da própria Kia. Em outubro, farei reunião em Seul e, daí, terei mais informações.”
Mas enquanto o produto talhado para o Brasil vai para forno, Gandini comemora os 30 anos de representação oficial da marca no País com novidades elétricas. O executivo confirma que o já embarcaram na Coreia para Brasil o Niro EV e o EV9, um SUV de grande porte. “Os modelos seguirão para homologação e as vendas devem começar no fim deste ano e início de 2024.”
A estreia no segmento de carros 100% elétricos dá continuidade a uma trajetória bem-sucedida e de “resiliência”, como prefere expressar o presidente da Kia Brasil para a “capacidade de reagir e superar contrariedades.”
O fio do roteiro começa em 1992, com a nomeação do Grupo Gandini para ser o importador oficial a Kia no País, mas com a condição de 1 mil unidades para primeira encomenda. Apesar ainda não ter a estrutura empresarial para o novo negócio e rede de concessionárias, a proposta foi aceita.
A operação comercial começou no ano seguinte, com um lote de Besta, Besta Furgão, picape Ceres e o caminhão leve K3500. Em pouco tempo, anotava o sucesso da van, como o utilitário mais vendidos no mercado. Desde então, com importações ininterruptas, a Kia Brasil vendeu 450 mil veículos.
“É uma história de êxito, mas não foi fácil. Ao longo dos anos encaramos sistemas de cotas que restringia nossas vendas, há a frequente dança das alíquotas de importação e a volatilidade do dólar”, resume.
Ainda como parte da comemoração dos 30 anos da Kia Brasil empresa compensará as emissões de carbono até 160 mil km rodados a todos os novos compradores do Niro HEV até o fim do ano. (AutoIndústria/Décio Costa)