AutoIndústria
Mesmo faltando um dia de comercialização para o fechamento de agosto, o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves já tem uma certeza: o número de veículos vendidos encolherá frente a julho. Até a quarta-feira, 30, o setor contabilizou 181,6 mil licenciamentos, 15,8% a menos que no mês anterior, o melhor em 31 meses.
A queda, contudo, pode ser um pouco menor, já que a média diária da segundo quinzena foi ligeiramente melhor do que a da primeira. No dia 30, por exemplo, foram emplacados 9,9 mil veículos.
E, segundo o consultor Marcelo Cavalcante, os negócios no último dia do mês podem surpreender, com forte intensificação das vendas diretas, sobretudo para as locadoras. “Nossa projeção permanece entre 190 mil até 197 mil unidades”, afirma Cavalcante.
Mesmo na melhor hipótese, o resultado representará queda significativa ante os mais de 215 mil veículos emplacados em julho. “Será, ainda assim, um bom mês. Mas a estagnação do varejo é preocupante para os próximos meses”, pondera o consultor.
A maioria das marcas vendeu menos no acumulado dos primeiros 30 dias de agosto. A Fiat novamente aparece na liderança, com 43,2 mil unidades licenciadas, apenas 2,8% a menos do que em julho, o que indica que pode até mesmo fechar o mês no equilíbrio ou com crescimento marginal.
A segunda colocada foi a General Motors, com 27,4 mil licenciamentos (-7,8%), seguida da Volkswagen, que registrou forte recuo de 37,5% ao acumular somente 26 mil automóveis e comerciais leves emplacados. Nos 31 dias de julho, a marca alemã chegou a 41,6 mil unidades.
O ranking de modelos mais vendidos teve de volta a Fiat Strada na primeira colocação. A picape compacta somou 12,3 mil unidades licenciadas em trinta dias e já superou com folga os 10,4 mil emplacamentos registrados ao longo de todo o mês de julho.
Em compensação, o Volkswagen Polo, líder no mês passado com 16,5 mil licenciamentos, só alcançou o terceiro maior volume nos 30 dias transcorridos de agosto, com 7,5 mil unidades — imediatamente atrás do Chevrolet Onix, com 7,6 mil — e aparece como o principal responsável pelo tombo da marca, o maior entre as de grandes volumes ao lado da Hyundai. (AutoIndústria/George Guimarães)