Novo Territory quer desafiar Compass e Corolla Cross

Jornal do Carro

 

Em nova geração, o Territory volta ao Brasil totalmente reformulado, da plataforma à mecânica. Disponível apenas na versão de topo, Titanium, o SUV feito na China e tabelado a R$ 209.990 é o mais barato da Ford no País. Segundo a marca, a meta do novato é disputar vendas Jeep Compass e Toyota Corolla Cross, que lideram o ranking de emplacamentos do segmento.

 

As entregas começam em setembro e, do SUV anterior, o novo só mantém o nome, segundo a Ford. Na China, onde é feito em parceria, com a Jiangling Motors, o carro é batizado de Equator Sport.

 

No visual, o Territory tem linhas mais imponentes e refinadas. A grade dianteira cresceu e ganhou elementos tridimensionais. Os faróis são do tipo Full-LEDs e o para-choque dá aspecto de robustez ao SUV.

 

Nas laterais, a carroceria está mais “musculosa”. Já as rodas de liga leve têm 19 polegadas e são diamantadas.

 

Com a nova plataforma, o SUV tem 4,63 metros de comprimento, 1,70 m de altura, 1,94 m de largura e 2,72 m de distância entre os eixos. É mais comprido e tem maior espaço interno que Compass (4,40 m e 2,63 m, na mesma ordem) e Corolla Cross (4,46 m e 2,64 m, respectivamente).

 

Atrás, as lanternas são de LEDs, estão mais estreitas e têm luzes de seta sequenciais. Além disso, há apliques prateados no para-choque e defletor de ar sobre o vigia.

 

A fixação da placa foi rebaixada e o porta-malas, com acionamento elétrico da tampa, tem 448 litros – são 38 l a mais que o do Compass. Com os bancos traseiros rebatidos, a área para carga passa a ser de 1.422 l.

 

Na cabine, há bom espaço para até cinco pessoas. Segundo a Ford, a parte traseira foi ampliada em 10 milímetros.

 

O destaque é o painel, que une as telas do quadro de instrumentos e da central multimídia, de 12,3” cada. Há conexão com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, ar-condicionado de duas zonas e carregador de celular por indução.

 

A seleção de marcha do câmbio automatizado de sete velocidades é feita por botão giratório no console. O acabamento tem materiais cromados, amadeirados e macios ao toque. No geral, o interior lembra o de carro chineses modernos.

 

Há, ainda, freio de estacionamento eletrônico e teto solar, que ajudam a ampliar o espaço. Os bancos dianteiros têm ajustes elétricos e memória.

 

Vários porta-objetos, seis air bags e assistência eletrônica ao motorista também estão no SUV. Há alerta de tráfego cruzado, assistente de saída de faixa, sensores de obstáculos e frenagem automática.

 

O motor 1.5 de quatro cilindros gera 169 cv de potência e 25,5 mkgf de torque a partir das 1.500 rpm. Porém, pesa contra ser apenas a gasolina – nos rivais, há opções flexível, a diesel e até mesmo híbrida.

 

O câmbio automatizado garante trocas mais eficientes que o anterior, do tipo CVT. Assim, conforme dados do Inmetro, com um litro de gasolina o SUV roda até 9,5 km na cidade e 11,8 km na estrada.

 

A aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 10,3 segundos. A tração é na dianteira, a suspensão é bem calibrada e há quatro modos de condução, do econômico ao para piso acidentado.

 

No geral, o Ford é gostoso de guiar, confortável, moderno e bom para quem quer um SUV familiar. Porém, está longe de ter respostas esportivas. (Jornal do Carro/Jady Peroni)