AutoIndústria
Pesquisa realizada pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, revela números específicos do segmento de caminhões, que no balanço mensal aparece na categoria pesados, que também contempla ônibus e implementos rodoviários.
São atualmente 460 mil consorciados interessados em comprar um caminhão novo ou usado, praticamente o dobro de três anos atrás, quando esse número limitava-se a 230 mil. A venda de novas cotas, no período, teve expressiva alta de 195%, atingindo 85,7 mil adesões no primeiro semestre deste ano ante as 29 mil dos primeiros seis meses de 202.
O tíquete médio atual no consórcio de caminhões é de R$ 180 mil – com cotas de R$ 45 mil a R$ 1,56 milhão – e os prazos estão em 98 meses.
Com perfis formados por 52,8% de pessoas jurídicas e 47,2% de físicas ou autônomos, os consorciados ativos de caminhões têm focado principalmente o planejamento na troca e na renovação de veículos, bem como na ampliação de frotas, informa Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.
No primeiro semestre deste ano foram contemplados 24,05 mil consorciados, o que representou expansão de 72,4% em três anos, quando as contemplações no período se limitaram a R$ 13,95 mil. Somente neste ano, anotaram potencial injeção de R$ 3,97 bilhões em recursos no setor.
“A expressiva potencial participação das contemplações no mercado interno do transporte rodoviário de cargas sinaliza a importância do consórcio na renovação ou ampliação de frotas, apoiada em planejamento e em custos mais baixos. Trata-se de excelente opção para autônomos e empresários”, avalia o presidente executivo da Abac.
De acordo com a entidade, o Sudeste continua na liderança das vendas de cotas, com 39,9%, seguido do Sul, com 20,2%, Nordeste (17,4%), Centro-Oeste (14,7%) e Norte (7,8%). Entre os tipos com maior utilização do crédito por ocasião da contemplação, estiveram os caminhões leves, com 51,3%; os médios, com 33,5%; os pesados, com 15,0%; e os extrapesados, com 0,2%.
A taxa média de administração mensal dos grupos foi de 0,145% para um prazo médio de 98 meses de duração dos grupos. Os reajustes periódicos estabelecidos, consideraram a tabela do fabricante para 71,4% e o IPCA, para 28,6%, para os contratos em andamento.
As contemplações ficaram distribuídas em 33% na região Sudeste e 26,3% na região Sul. Em terceiro lugar ficou o Centro-Oeste com 18,9%, seguido da região Nordeste, com 15,7%, e da Norte, com 6,1%. (AutoIndústria)