Toyota lança SW4 na Ásia com tecnologia descartada no Brasil

Motor1/Raynaldi Rino via Autocar India

 

Em novembro de 2021, a Toyota deixou de oferecer o SW4 com o motor flex ao apresentar a linha 2022 do SUV. Enquanto no Brasil havia na época uma grande preferência pelo motor a diesel nesta categoria, aumentou o interesse no uso de etanol combustível em alguns mercados asiáticos, principalmente na Índia.

 

Agora, durante um Salão do Automóvel na Indonésia, o GIIAS 2023, a Toyota revelou por lá um conceito do SW4 capaz de rodar com etanol ou gasolina em qualquer proporção. O protótipo foi chamado de Fortuner Flexy Fuel, pois vale lembrar que Fortuner é o nome usado pela Toyota para nomear o SW4 em diversos mercados asiáticos.

 

Como a marca está tratando este lançamento apenas como um protótipo, não há muitas informações confirmadas a seu respeito. O perfil de Raynaldi Rino no Instagram afirmou que o estande da Toyota anunciava o Fortuner (SW4) flex sendo capaz de entregar 163 cv de potência e 24,8 kgfm de torque. Segundo a imprensa local, seria o mesmo motor 2.7 2TR-FE utilizado nas versões a gasolina, mas entregando 3 cv a mais e 0,2 kgfm extras de torque.

 

O número de potência declarado é idêntico ao que era divulgado no Brasil até 2021 para o Toyota SW4, mas o torque é ligeiramente menor. No modelo monocombustível, é utilizada uma transmissão manual de 5 marchas para o mercado indonésio, mas o conceito mostrado por lá estava equipado com o câmbio automático de 6 marchas.

 

Mercados como o da Índia por exemplo, já têm planos para começar a comercialização de gasolina com 20% de etanol na mistura como forma de reduzir emissões e a dependência da importação de combustíveis. A própria Toyota já exibiu a tecnologia flex por lá com um Corolla híbrido flex.

 

A Índia é atualmente o terceiro maior importador e consumidor de petróleo do mundo, de acordo com a Reuters. Portanto, está procurando maneiras de misturar etanol e óleo vegetal em seus combustíveis. O padrão de até 20% de mistura de biocombustíveis nos combustíveis fósseis deve começar a valer por lá entre 2025 e 2026. (Motor1/Thiago Moreno/Raynaldi Rino via Autocar India)