AutoIndústria
O pacote do “carro mais barato” criado pela MP 1.175 para beneficiar o mercado de automóveis 0k acabou favorecendo as vendas no mercado de seminovos. Balanço da Fenabrave divulgado nesta terça-feira, 8, mostra as vendas de veículos leves usados atingiu 905,3 mil unidades, expansão de 4,7% sobre junho e de 3,9% ante julho de 2022.
No acumulado do ano, a alta no segmento é de 5,3%. Os modelos chamados de seminovos, aqueles com até 3 anos de fabricação, representaram 10,5% do total transacionado no mês e 9,5% no acumulado do ano.
Os seminovos são os mais utilizados na troca por um 0 km, o que reforça a tese de que o pacote de incentivos do governo, com descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil para carros novos com preço até R$ 120 mil, acabou favorecendo o segmento de usados.
“As Medidas Provisórias 1.175 e nº 1.178, editadas pelo governo em junho impactaram no mercado de veículos leves usados, uma vez que muitos são ofertados como entrada na compra de um 0 km. Com isso, julho registrou um resultado ligeiramente acima da média mensal de 2023”, analisa José Mauricio Andreta Jr., presidente da Fenabrave.
O executivo lembra que de forma geral, analisando todos os segmentos automotivos, o mercado de usados vem mantendo um bom volume e já superou a marca de 8 milhões de transações no ano. O número, que considera leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários e motos, equivale a um aumento de 4,2% sobre 2022.
Em julho, especificamente, o mercado total de usados abrangeu 1.216.323 transações, evolução de 3,7% sobre junho e de 2,5% sobre idêntico mês do ano passado.
Desempenho por segmento
Acompanhando o mercado de 0 km, o segmento de caminhões usados registrou nova queda mensal (-1,1% sobre junho e -5,7% ante julho de 2022). Com isso, no acumulado do ano, a retração éde 0,2%. Já os implementos rodoviários, apesar da queda de 4,7% na comparação com junho, tiveram alta no comparativo interanual (+5,6%) e se mantêm positivos no acumulado de 2023 (+10,9%).
O segmento de ônibus registrou melhora de 4% sobre junho e queda de 7,1% sobre julho de 2022, enquanto de motos segue com volume similar ao do ano passado, após a alta de 1% sobre junho de 2023 e queda de 1% em relação a julho de 2023. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)