Volkswagen ultrapassa Jeep e lidera o segmento de SUVs

AutoIndústria

 

A vantagem é marginal, cerca de quinhentos veículos, mas a Volkswagen assumiu pela primeira vez a liderança do segmento de SUVs no Brasil. Passados os primeiros sete meses de 2023, informa a Fenabrave, a marca alemã acumulou 75,6 mil veículos negociados, participação de 18,2%, ante 75,1 mil (18%) utilitários esportivos da Jeep.

 

Os resultados acumulados de janeiro a junho ganham ainda mais representatividade quando se sabe que desde 2016, seu primeiro ano completo de produção no Brasil, a Jeep vinha liderando com folga os licenciamentos de SUVs, com participações sempre acima dos 20%.

 

De janeiro a julho do ano passado, por exemplo, a marca norte-americana detinha 20,5% do segmento, enquanto a Volkswagen respondia por 16,5%, diferença nada desprezível de exatos quatro pontos porcentuais.

 

A histórica ultrapassagem da Volkswagen em 2023 se deve tanto ao seu crescimento acima da média do mercado quanto ao decréscimo dos negócios da Jeep.

 

O segmento de utilitários esportivos alcançou 415,7 mil licenciamentos até julho, 12% a mais do que em igual período do ano passado. Na mesma comparação, a VW avançou 23,7% e a Jeep, em compensação, viu seus emplacamentos diminuírem 1,3%.

 

Os dois modelos Jeep mais representativos em emplacamentos — Compass (35 mil) e Renegade (27,9 mil) — venderam menos, enquanto só o Commander (11,9 mil), topo da linha nacional, teve ligeiro crescimento de oitocentas unidades.

 

Ao contrário, os três representantes da Volkswagen no segmento registraram expressivos avanços. O T-Cross, segundo SUV mais vendido no País em 2022, é agora o modelo líder, com 40,6 mil unidades negociadas no acumulado, quase 12% a mais do que em igual período do ano passado.

 

Só em julho, foram 8,5 mil unidades, melhor resultado mensal  no ano e o suficiente para deixá-lo na primeira colocação folgada em 2023, com mais de 5,3 mil unidades à frente do Hyundai Creta, que superou o Compass por bem pouco.

 

O Nivus já tem 27,4 mil, 10% a mais. Até mesmo o médio argentino Taos, que ainda é um discretíssimo coadjuvante  da marca e mais ainda entre os utilitários esportivos oferecidos no País, deu um salto: passou de 5 mil para 7,6 mil licenciamentos, mais de 50% de crescimento. (AutoIndústria/George Guimarães)