AutoIndústria
Conforme anteciparam os executivos da Fenabrave e da Anfavea no início do mês, as vendas de veículos leves reagiram fortemente na primeira quinzena de julho, totalizando 104,4 mil unidades, alta de 79,4%% com relação às 58,2 mil comercializadas no mesmo período de junho.
A média diária saltou 79%, de 5,8 mil para 10,4 mil unidades. O crescimento já era esperado por causa da quase paralisação do mercado na primeira semana do mês passado, que precedeu a publicação (no dia 6) da MP 1.175, a partir da qual os carros com preço até R$ 120 mil passaram a ter descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil ou até mais, dependendo das ações das montadoras que se somaram aos benefícios oferecidos pelo governo.
Também a segunda semana de junho acabou sendo fraca por causa da necessidade de refaturamento dos veículos que estavam nos estoques das concessionárias. Os benefícios do governo – num total de R$ 800 milhões – acabaram no final do mês, mas as redes de todas as marcas entraram em junho com produtos faturados com desconto e, por isso, ainda com garantia de benefícios aos consumidores.
Pelos cálculos da Anfavea, na virada do mês havia 79 mil veículos leves nas concessionárias com bônus de desconto. O comportamento atípico de junho foi explicado pela entidade com os números relativos às vendas diárias , que foram de apenas 6,8 mil unidades entre os dias 1º e 25 e saltaram para 16,2 mil de 26 a 30.
A Fiat segue na liderança do mercado, com 21,3 mil emplacamentos na primeira quinzena de julho e participação de 20,4%. A Volkswagen vem em segundo, com 19,1 mil licenciamentos e fatia de 18,3%, seguida da General Motors, com, respectivamente, 15 mil e 14,5%. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)