Revista Oeste
As vendas de máquinas agrícolas despencaram no Brasil. A diminuição ocorreu apesar dos resultados recordes da safra de grãos do país, o carro-chefe do agronegócio nacional.
Os números sobre o mercado de máquinas agrícolas no Brasil são da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A instituição divulgou os dados na sexta-feira 7. Eles abrangem o período de janeiro a maio.
No acumulado desses meses, as vendas fecharam em 23,8 mil unidades. Ou seja: 7% menos, em comparação a igual intervalo no anterior.
Três meses de queda
Em maio houve a retração de 14%, em comparação ao mesmo mês de 2022. A diminuição ocorreu apesar dos resultados recordes da safra de grãos do país, o carro-chefe do agronegócio brasileiro.
Foram cerca de 800 unidades a menos. Em maio de 2023, as vendas do setor fecharam em 4,7 mil unidades. No mesmo mês em 2022, o resultado ficou em 5,5 mil.
É o terceiro mês de queda do setor, desde que o governo Lula assumiu o poder. A primeira redução ocorreu em janeiro: -43%. Em fevereiro e março, entretanto, ocorreram sinais de recuperação, com as altas de 30% e 38%, respectivamente. Porém, os números voltaram a cair no fechamento de abril (-20%).
Exportações de máquinas agrícolas do Brasil
Além disso, a indústria brasileira do setor também registra queda das exportações. No acumulado do ano, a retração chega a 15%. Alexandre Bernardes, vice-presidente da Anfavea, citou a redução do comércio para a Argentina como principal foto.
O agronegócio argentino passa por um momento de crise. A seca recente reduziu a previsão para a colheita principais grãos cultivados no país.
Safra recorde brasileira
A demanda por máquinas agrícolas no Brasil passa por retração apesar dos números otimistas para o agronegócio. A previsão para a safra nacional de grãos de 2023, por exemplo, é de uma colheita recorde. Estima-se que a produção local chegue a 300 milhões de toneladas. (Revista Oeste/Artur Piva)