Governo reforça que programa de carro popular é temporário até juros caírem

O Tempo/Broadcast do Estado de S. Paulo

 

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a repetir, nesta última segunda-feira (3), que o programa de concessão de créditos tributários para as montadoras é temporário, até que os juros comecem a cair.

 

“A adesão ao programa automotivo foi enorme, o dinheiro acabou em quatro semanas praticamente. Foi complementado e continua o desconto”, pontuou Alckmin que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC).

 

Na semana passada, o governo federal ampliou, em R$ 500 milhões para R$ 800 milhões a parcela do programa voltada para os carros.

 

“Isso vai passar. Os juros devem cair, os juros de mercado já estão caindo”, afirmou. Segundo avaliou, no momento que os juros caírem, a população voltará a comprar veículos a prazo e a indústria vai reagir com retomada da produção.

 

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) o conselho decidiu manter a Selic em 13,75% – o maior patamar desde 2016. Conforme ata do Copom não houve consenso para uma futura redução dos juros na próxima reunião do Comitê, que deve ocorrer em agosto.

 

“Hoje, 70% de quem compra veículos é, porque o juro é absurdo. Essa medida é transitória e emergencial. E os juros caindo, as vendas começarão a ser retomadas”, disse durante entrevista à rádio BandNews Fm.

 

Com pátios lotados, mesmo com o programa do governo federal, várias montadoras anunciaram férias coletivas e até mesmo demissão de funcionários. Segundo Alckmin, as férias coletivas concedidas pelo setor devem durar pouco tempo, com a retomada da produção de veículos.

 

“Temos uma indústria automobilística com capacidade de produzir 4,5 milhões de veículos por ano, e hoje 50% da capacidade dela está ociosa. Chegamos a vender 3,8 milhões de veículos por ano e no ano passado se vendeu 2,1 milhões”, reafirmou o vice-presidente. (O Tempo/Broadcast do Estado de S. Paulo)