AutoIndústria
A BYD oficializou ontem, terça-feira, 4, programa de produção de veículos eletrificados em Camaçari (BA). O projeto recebe R$ 3 bilhões de investimento operações de chassi de ônibus e de caminhões elétricos, além de automóveis híbridos e elétricos. O início das operações está previsto para o segundo de 2024 e a expectativa é de gerar 5 mil empregos.
Embora definida a cidade para o complexo industrial da BYD, ainda se mantém incerto se a operação aproveitará as instalações deixadas pela Ford. “A BYD está tratando com a Ford para uma possível negociação. Estamos acompanhando e dispostos a fazer o possível para resolver a transação”, disse o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, durante cerimônia do anúncio de instalação da fábrica da BYD, no Farol da Barra, em Salvador (BA).
Em nota, a BYD informa que em dez dias confirmará se a operação será mesmo na estrutura deixada pela Ford ou erguerá novas instalações.
O projeto da BYD, considerada a maior fabricante de veículos do mundo, implantará capacidade inicial para 150 mil unidades e, em um segundo momento, alcançar 300 mil. A empresa ainda encaminhará no local processamento de lítio e ferro-fosfato com olhos também para o mercado externo.
Centro de inovação
“O plano é de criar o mais avançado carro elétrico na Bahia e fazer do local centro de inovação de alta tecnologia. O objetivo é crescer em toda a América Latina a partir de instalação de um ecossistema verde. O Dolphin nos mostra que estamos no caminho certo”, resumiu Stela Li, CEO da BYD Américas durante a cerimônia, se referindo ao recente lançamento da fabricante que vendeu 1 mil unidades no País em poucos dias logo após a apresentação, no fim de junho.
Após meses de negociação, a chegada da BYD na Bahia terá incentivos federais como a concessão do porto de Aratu, antes nas mãos da Ford, além de incentivos fiscais do governo do estado até 2032, em redução de 95% do ICMS. O governador da Bahia ainda anunciou isenção do IPVA para modelos elétricos de até R$ 300 mil, embora a medida dependa de aprovação na Assembleia Legislativa. (AutoIndústria/Décio Costa)