Jornal do Carro
Caoa Chery Tiggo 8 Pro Plug-In Hybrid, Volvo XC60 Recharge e mesmo opções mais baratas, como Renault Kwid E-Tech e JAC e-JS1, por exemplo, têm uma coisa em comum: todos têm alimentação plug-in. O fato é que esse tipo de veículo – que precisa exclusivamente (ou adicionalmente) de motor elétrico recarregável em tomadas para rodar – já representa 50% das vendas de modelos eletrificados no País.
Mais precisamente, dos 6.435 eletrificados vendidos em maio, 50,2% foram híbridos HEV (3.228) e os 49,8% (3.207) restantes, elétricos plug-in PHEV ou BEV. Dados divulgados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).
Tecnologias
Antes de tudo, cabe esclarecer do que se trata essa sopa de letrinhas. A princípio, os veículos PHEV (Plug-In Hybrid Electric Vehicles) consistem em híbridos com motor elétrico de recarga externa. Ou seja, não são como nos híbridos convencionais – onde o propulsor a combustão ajuda na recarga das baterias. Já os BEV (Battery Electric Vehicles), por fim, tratam-se de veículos totalmente elétricos, que dependem da bateria para funcionar.
Acumulado
No acumulado do ano (janeiro a maio) foram vendidos 26.014 veículos eletrificados. Em percentuais, 52,8% deles, híbridos não plug-in (13.745). Assim, 47,2% (12.269) foram elétricos plug-in.
Na comparação com o mesmo período de 2022, a variação difere. Isso mostra como o mercado de eletrificados está se modificando no Brasil. De janeiro a maio do ano passado, de um total de 16.354 veículos emplacados, 67,6% deles consistiam em híbridos HEV não plug-in (11.059). E 32,4% eram elétricos plug-in (5.295) – isso se deve, inclusive, à oferta menor de modelos.
Mais carros, mais vendas, mais estrutura
Por falar nisso, em 2022, haviam 27 montadoras no País. Hoje, são 34. Entre janeiro e maio de 2022, havia 142 modelos de veículos leves eletrificados comercializados no Brasil. Destes, 56 BEV, 55 PHEV e 31 HEV (flex a etanol e a gasolina). Neste ano, no mesmo período, 216 modelos: 86 BEV, 75 PHEV e 55 HEV.
A maior oferta acarretou em vendas extras. Desse modo, maio atingiu o recorde de 3,86% de market share sobre o total de vendas domésticas de veículos leves no Brasil. Em números, respectivamente, 6.435 unidades sobre um total de 166.365 do mercado geral.
E a evolução da participação dos eletrificados no mercado doméstico total de veículos leves é notável. Entre janeiro e dezembro de 2020, por exemplo, apenas 1% das vendas totais eram de elétricos e híbridos (19.745 eletrificados, sobre 1.950.889). A porcentagem, contudo, saltou para 1,8% no acumulado de 2021 e para 2,5% em 2022. Por fim, conforme dados da ABVE Data e da Fenabrave, neste ano, o acumulado já registra 3,4% de participação – 26.014, sobre 754.851.
Para atender a essa demanda, se faz necessário investir em infraestrutura. Afinal, trata-se de uma das principais barreiras que o brasileiro vê quando pensa na compra do carro elétrico. Desse modo, de uns tempos para cá, houve crescimento de eletropostos de recarga elétrica. De acordo com estimativa do Grupo de Infraestrutura da ABVE, havia 2.955 eletropostos públicos e semipúblicos em operação no Brasil. Entretanto, o número aumentou para cerca de 3.200 no mês passado. (Jornal do Carro/Vagner Aquino)