AutoIndústria
A RAM Rampage começa a ser vendida oficialmente em agosto no Brasil, mas não deve demorar para seguir para os portos brasileiros rumo a mercados vizinhos. Primeiro produto da marca desenvolvido e lançado fora dos Estados Unidos, a nova picape já tem sua exportação confirmada, inicialmente, para países da América Latina.
O primeiro embarque, entretanto, ainda não está confirmado, segundo Everton Kudejac, diretor comercial da RAM. “Dependerá da nossa capacidade de produção e da demanda inicial aqui no Brasil”, pondera o executivo.
De qualquer maneira, para a apresentação da picape na segunda-feira, 19, em São Paulo, foram convidados jornalistas argentinos e chilenos, o que indica quais destinos serão priorizados de cara. Mas a Stellantis afirma que a picape foi concebida “dentro de um pacote no tamanho perfeito para as condições do Brasil e de toda a América do Sul”.
Marcio Tonani, vice-presidente dos Centros Técnicos de Engenharia da Stellantis para a América do Sul, acrescenta que o projeto e a produção em Goiana, PE, atendem as legislações de segurança em toda América Latina. Uma eventual exportação para os Estados Unidos, porém, demandaria algumas adequações e complementações. Pequenas, segundo Tonani.
Uma picape compacta com o logotipo RAM, entretanto, não será novidade para os consumidores de vários países da região. Para eles, já são enviadas as Fiat Strada e Toro com o logotipo da marca norte-americana.
Como a Rampage compartilha a plataforma Small Wide da Stellantis com a própria Toro – e com os outros três modelos brasileiros da Jeep também fabricados em Goiana -, é natural que a orignária picape Fiat encerre seu temporário papel de produto RAM.
O desenvolvimento da Rampage, afirma a Stellantis, consumiu R$ 1,3 bilhão, do total de R$ 16 bilhões de seu ciclo de investimentos no Brasil iniciado em 2018 e que seguirá até 2025.
O projeto desenvolvido aqui contou com apoio das equipes de design, marketing e engenharia da RAM nos Estados Unidos. O estilo, contudo, foi concebido pelo Stellantis Design Center da América do Sul, localizado em Betim, MG.
Marcio Tonani diz que a Rampage já nasceu como cerca de 70% de conteúdo nacional e, basicamente, compartilha com a Toro somente peças e componentes internos não perceptíveis pelo consumidor. O executivo faz questão de enaltercer que a nova picape tem em sua estrutura 86% de aços de alta e ultra-alta resistência.
A Rampage tem 5.028 mm de comprimento, 1.886 mm de largura, 1.780 mm de altura, 2.994 mm de entre eixos e 264 mm de vão livre entre os eixos. É 9 centímetros mais comprida do que a Fiat Toro, 4 centímetros mais larga, 3 centímetros mais alta e tem entre-eixos praticamente igual, apenas 4 milímetros maior. (AutoIndústria/George Guimarães)