Programa de incentivo aos pesados só com a destruição do veículo velho

AutoIndústria

 

O pacote de estímulos da MP 1.175/23 destinado ao segmento de veículos pesados tem como principal critério de acesso ao benefício a retirada de circulação do caminhão ou do ônibus com ao menos de 20 anos de fabricação.

 

Só com a destruição do veículo e, consequente baixa do Renavan, o transportador poderá se beneficiar de descontos entre R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, a depender da capacidade de carga ou de passageiros.

 

MP 1.175 – Tabela de descontos de pesados

 

Para obter o desconto ainda, o veículo antigo deverá estar em condições de rodagem e documentação em ordem. Na transação, o proprietário poderá optar por veículo novo de categoria igual ou inferior ao que foi desmobilizado, porém, não superior.

 

Para o custeio, o Governo Federal dispôs de R$ 1 bilhão – R$ 700 milhões para o segmento de caminhão e outros R$ 300 milhões para ônibus. A exemplo, das medidas para automóveis e comerciais leves, a MP tem duração de 120 dias ou até o fim dos recursos designados. Profissionais autônomo e pessoas físicas já podem se beneficiar, enquanto pessoas jurídicas somente a partir do dia 21 de junho.

 

Potencial para substituir 10 mil caminhões velhos por novos

 

A Anfavea ainda se debruça sobre os impactos que as medidas poderão trazer aos segmentos de pesados. No caso de caminhão, no entanto, ao considerar o valor médio do veículo em R$ 700 milhões alocados, a associação estima potencial de substituir em torno 10 mil unidades velhas por novas.

 

“De qualquer maneira, ainda cedo para projeções. Cabe a partir de agora observar o comportamento do mercado”, resumiu Gustavo Bonini, vice-presidente da Anfavea, durante coletiva de imprensa na terça-feira, 6.

 

O dirigente reforça que a iniciativa é importante, pois além de trazer de renovar frota, estimula a venda dos veículos da fase P8 do Proconve equivalente ao Euro 6. Nos cinco primeiros meses do ano, apenas 17% dos 44,6 mil caminhões emplacados foram produzidos esse ano, enquanto em ônibus somente 6,5% foram de Euro 6 dos 9,5 mil vendidos. (AutoIndústria/Décio Costa)