AutoIndústria
Encerrados os primeiros três meses nas concessionárias, as vendas da Montana sugerem fumaça ainda grande demais para o fogo que muitos imaginavam que a nova picape da Chevrolet poderia gerar no segmento e que chegou até a chamuscar as concorrentes no primeiro mês.
Considerada uma anti-Fiat Toro, a líder do segmento, a picape fabricada pela General Motors em São Caetano do Sul, SP, ainda não desbancou nem mesmo a Toyota Hilux, produto superior em porte, capacidade de carga e, sobretudo, preço.
Em maio, a representante da Chevrolet somou 3.592 licenciamentos contra 3.986 da Hilux e 4.986 da Toro, mais uma vez a primeira colocada entre as picapes médias-grandes, segundo critério da Fenabrave.
Ao longo de seus primeiros três meses completos de vendas, de março a maio, a Montana atingiu quase 10,7 mil unidades — mais um residual de 349 licenciamentos de fevereiro. Nesse mesmo período, a líder Toro vendeu quase 40% a mais, 14,4 mil, tendo novamente a picape da Toyota como segunda colocada, com 11,5 mil emplacamentos.
Fonte ligada aos concessionários Chevrolet consultada por AutoIndústria afirma que esse desempenho está aquém das expectativas da própria rede de revendas. “Por enquanto, há uma certa frustração com esses números”, ilustra.
De qualquer forma, a chegada da Montana já começa a alterar o segmento, que acumulou 21,7 mil licenciamentos em maio e 88,4 mil no ano, crescimento de 24,5%. De janeiro a maio do ano passado, por exemplo, a Toro deteve 30,4% de participação, enquanto a Hilux, 25%. No mesmo intervalo de 2023, esses índices recuaram para 23,6% e 20,1%, respectivamente.
Esta semana a General Motors anunciou que paralisará a produção da S10 em São José dos Campos, SP, por 10 dias. A empresa justificou a medida como decorrência da queda da demanda.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, deixarão de ser fabricadas nesse período perto de 3 mil unidades da picape, quarta mais vendida em maio, imediatamente atrás da novata Montana. (AutoIndústria/George Guimarães)