AutoIndústria
O tombo poderia ser até maior diante da enxurrada de notícias sobre a redução de preço dos carros até R$ 120 mil decorrente da promessa de alíquotas de impostos federais mais baixas a partir deste mês de junho. Dados preliminares de maio, no entanto, indicam queda relativamente baixa nas transações diárias com veículos leves em maio.
Foram emplacados por dia útil 7.566 automóveis e comerciais leves no mês passado, volume 10,4% inferior ao de abril (8.443) e 2,5% menor do que o registrado há um ano (7.763). Em números absolutos, as vendas de leves totalizaram 166,4 mil unidades em maio, ante as 151,7 mil de abril, uma alta de 9,7%.
Importante lembrar que o quarto mês de 2023 teve dois feriados prolongados, o da Páscoa e do Dia de Tiradentes, o que explica o citado crescimento. Além disso, fonte do varejo automotivo diz que no último dia de maio as locadoras foram beneficiadas com relevantes descontos na compra de modelos com preço acima de R$ 150 mil, elevando a venda diária na quarta-feira, 31, para 11 mil unidades.
As locadoras tinham suspendido as compras há duas semanas após o governo federal anunciar que em 25 de maio divulgaria medidas relativas ao projeto de resgate do carro popular ou oferta de um modelo de entrada mais acessível, envolvendo redução de preços.
O varejo, segundo informam alguns concessionários, está com movimento extremamente fraco em função da expectativa da MP (medida provisória) que formalizará os descontos de impostos.
Os número oficiais serão divulgados pela Fenabrave na sexta-feira, 2. A entidade enfrenta no momento a ameaça do governo de editar MP autorizando venda direta de veículo para o consumidor pessoa física, o que contribuiria para uma redução maior dos preços, mas que não é do agrado da maioria das associações de marca.
Exceção é a da entidade dos concessionários GWM, recém-formalizada exatamente para firmar convenção de marca garantindo 100% dos negócios da marca chinesa no País via venda direta. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)