Motor 1
Recém-chegada e ainda no processo de abrir concessionárias por todo o país, a GWM tem grandes planos para o mercado brasileiro, prometendo 10 lançamentos até 2025 – podendo chegar a 12, caso mais algums projetos saiam do papel. Oswaldo Ramos, COO da GWM no Brasil, participou do podcast com o InsideEVs Brasil e falou sobre os planos da fabricante chinesa para o mercado nacional.
Serão lançamentos espalhados por todas as marcas da GWM. Quatro deles já são conhecidos, com o Haval H6, que fez a estreia da empresa no país; e o futuro Jolion (que terá outro nome), posicionado como a opção de entrada da fabricante, com previsão de lançamento no 2º semestre. Também sabemos que uma picape média da linha Poer será feita em Iracemápolis (SP) a partir de 2023, junto com um utilitário da marca Tank. Ramos aproveitou o bate-papo para confirmar a chegada das marcas Ora e Way.
A Wey foi lançada em 2016 pela GWM, com SUVs baseados na linha Haval, porém com um acabamento superior e mais equipamentos. Ficou famosa por lançar carros com nomes relacionados à café, como Latte, Mocha e Macchiato. Porém, Ramos já deixou claro que todos os veículos chegarão ao país com nomes usando letras e números, descarando a ideia de usar esses batismos das versões chinesas.
O executivo lembrou que a Wey não estava nos planos para o Brasil. Isto mudou por uma série de fatores, começando com o lançamento dos SUVs da marca de luxo na Europa, onde tiveram uma boa aceitação. A estreia dos veículos por lá facilita a nacionalização, por já terem sido alterados para as vendas no Velho Continente. A aceitação do Haval H6 pelos brasileiros também contribuiu para alterar os planos, por terem visto clientes de outras marcas premium interessado pela GWM.
A GWM está fazendo clínicas com os clientes com um dos modelos da Wey, embora não tenha revelado exatamente qual e o resultado, segundo Ramos, está sendo surpreendente, com reações bem positivas. “Se continuar assim, a conta vai fechar”, explica o executivo, deixando claro que os SUVs podem ser importados por existir interesse o suficiente para tentar enfrentar as outras marcas premium como BMW, Mercedes-Benz e Volvo.
As duas opções mais prováveis são os Wey Latte e Mocha. O primeiro tem 4,668 m de comprimento, um porte bem próximo dos 4,653 do Haval H6; enquanto o Mocha mede 4,875 m. O que indica que seão as apostas mais seguras é o fato de utilizarem um motor 2.0 turbo híbrido, algo que Ramos destacou ao falar sobre o processo de tropicalização, citando que o software da parte elétrica está pronto, facilitando o trabalho.
Em um dos momentos do podcast, Ramos fala sobre o resultado dos espaços da GWM em shoppings pelo Brasil e traça um paralelo com a Tesla, que trabalha com vendas sem concessionárias nos EUA. Só que o executivo diz que o e-commerce da Tesla “é fraquinho” e que está desenhando algo parecido para o nosso mercado, não para a linha Haval, mas “talvez para tipo o Ora.” Ramos ainda destaca que será a quarta marca da GWM a chegar ao país, embora ainda não tenha data.
Ao comentar sobre os modelos nacionais já confirmados, o chefão da GWM no Brasil volta a reiterar que tanto a picape média quanto o utilitário derivado serão modelos novos. No caso da caminhonete Poer, será uma nova geração do veículo, com ainda mais tecnologia, servindo como um diferencial para conseguir conquistar os clientes em um segmento bem tradicional e com clientes fieis. A situação do SUV da linha Tank é ainda mais peculiar, pois será um “modelo 100% inédito, que ainda não existe na China”, desembarcando em solo brasileiro com muitas diferenças em relação à futura variante chinesa. (Motor 1/Nicolas Tavares)