O Estado de S. Paulo/The New York Times
O uso mais promissor para as baterias de sódio é nas redes elétricas, as redes de fios e torres que transmitem eletricidade. As baterias para redes elétricas são um mercado em rápido crescimento, sobretudo na China. A Tesla disse recentemente que construiria uma fábrica em Xangai para produzir baterias de lítio para concessionárias de energia.
As baterias de sódio precisam ser maiores que as de lítio para armazenar a mesma carga. Isso é um problema para os carros, que têm espaço limitado, mas não para o armazenamento na rede elétrica. As concessionárias que trocarem o lítio pelo sódio podem simplesmente colocar o dobro de baterias grandes em um terreno vazio próximo aos painéis solares ou às turbinas eólicas.
As companhias elétricas de todo o mundo têm um apetite cada vez maior por grandes quantidades de armazenamento de energia com baterias conforme mudam para fontes menos poluentes, como a solar e a eólica. Elas precisam ser capazes de armazenar energia enquanto o sol brilha e o vento sopra e, depois, usá-la para substituir a energia gerada por carvão ou gás.
Contudo, enquanto a China corre para liderar o setor de baterias de sódio, ela ainda encara desafios. Para começar, há a questão de onde obter o sódio.
Embora o sal seja abundante, os EUA respondem por mais de 90% das reservas mundiais à disposição para extração do carbonato de sódio, a principal fonte industrial de sódio. Nas profundezas do deserto do Wyoming encontra-se um depósito enorme de carbonato de sódio, formado há 50 milhões de anos. O carbonato de sódio de lá é extraído há muito tempo para a indústria americana de fabricação de vidro.
Com reservas naturais insignificantes de carbonato de sódio e relutante em depender das importações dos EUA, a China prefere produzir carbonato de sódio sintético em fábricas de produtos químicos movidas a carvão. (O Estado de S. Paulo/The NewYork Times/Tradução de Tomina Cácia)