CNT lança publicação sobre hidrogênio renovável para o transporte

Frota & Cia

 

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) lança, nesta última terça-feira (25), uma nova edição da série CNT Energia no Transporte, Hidrogênio Renovável – Uma das rotas para descarbonizar o transporte rodoviário. A publicação apresenta as vantagens e desafios desse combustível verde, sob os seus aspectos ambiental e técnico. O objetivo é ampliar o conhecimento do transportador sobre a possibilidade de uso desse combustível no setor, além de incentivar a pesquisa e o investimento na área.

 

Segundo a Confederação, no Brasil, 78% do hidrogênio produzido utiliza energia elétrica renovável, o que o torna líder produção mundial de hidrogênio verde. O potencial do país é um diferencial, pois na matriz elétrica mundial, apenas 28,6% da eletricidade é produzida com fontes alternativas. Já na Europa, por exemplo, mais de 60% da matriz elétrica não é renovável. Para ser considerado hidrogênio sustentável, sua produção deve utilizar eletricidade limpa.

 

Redução na emissão de CO²

 

As reduções de emissões de GEE são, respectivamente, de 87%, 85% e 89% em relação aos mesmos veículos testados com diesel misturado com 7% de biodiesel. Alguns modelos de caminhão e ônibus já possuem tecnologia embarcada para serem abastecidos com H2, mas faltam, ainda, incentivos financeiros para tornar essa alternativa mais acessível, além da necessidade de avançar a infraestrutura de postos de abastecimento.

 

Legislação

 

Para a CNT legislação brasileira sobre o tema é uma dificuldade. A primeira regulamentação foi em 1998, mas, apenas em 2021, houve a publicação de resolução priorizando a destinação de recursos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para o hidrogênio e demais temas afetos. A consolidação concretizou-se com a instituição, no mesmo ano, do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2). A medida visa estabelecer o H2 como fonte energética para uma matriz nacional de baixo carbono.

 

Já no setor de transporte, a tendência é que, nos próximos anos, o H2 verde se torne um combustível automotivo cada vez mais presente devido à sua emissão nula de escapamento, auxiliando, dessa forma, o setor a se descarbonizar, conforme previsto nas contribuições nacionalmente determinadas pelo Acordo de Paris, firmado pelo Brasil em 2015.

 

O combustível

 

O hidrogênio renovável (H2 verde) figura entre os principais combustíveis sustentáveis e pode despontar – em um futuro não muito distante – como uma das soluções para mitigar a atual emissão de gases do efeito estufa (GEE), causadores do aquecimento global.

 

Produzido a partir de fonte energética renovável de origem eólica, hidráulica, solar e de biomassas, o H2 verde tem despertado o interesse de diferentes setores que buscam investir em tecnologias sustentáveis e em descarbonização. É o caso do transporte.

 

Por isso, essa nova rota tecnológica tem sua importância para o desenvolvimento ambiental do transporte. A modalidade rodoviária será uma das grandes beneficiárias dessa alternativa. Nesse sentido, a série CNT Energia no Transporte tem o propósito de incentivar a redução do consumo de combustível fóssil e contribuir com a eficiência energética dos veículos pesados, como caminhões e ônibus, além de promover o uso de tecnologias menos poluentes. (Frota & Cia/Priscila Ferreira)