O Estado de S. Paulo
Montadoras avançam em projetos para que o Brasil seja protagonista na eletrificação de veículos tendo o etanol como vetor da tecnologia de carros híbridos flex (com um motor a combustão e outro elétrico) e, futuramente, com carros a célula de combustível.
Para o presidente da Stellantis, Antonio Filosa, o uso do etanol em carros eletrificados se apresentaria como a solução mais viável, menos custosa e mais eficiente para a descarbonização no País.
Ele disse que o próximo ciclo de investimentos do grupo, a partir de 2025, “será maior do que a soma de todos os concorrentes” para produzir carros híbridos flex que poderão usar etanol.
Testes realizados pela empresa mostraram que um carro flex abastecido só com etanol e outro 100% elétrico, com a energia renovável do Brasil, emitiram de 15,2% a 64,6% menos CO do que versões 2 a gasolina e com tecnologia 100% elétrica, mas com energia da Europa, de fontes não renováveis.
Pesquisa em conjunto
Já a Toyota anunciou parceria com Shell, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP), Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa e Senai Cetiqt em um projeto de pesquisa e desenvolvimento da produção local de hidrogênio renovável a partir do etanol.
A empresa planeja oferecer unidades do Mirai, primeiro carro de série movido a célula de combustível no mundo, para testes de performance com o hidrogênio de etanol. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)