Jornal do Carro
A eletrificação e as novas tecnologias de segurança fizeram a quantidade de chips mais que duplicar nos carros novos. Mas não é só. Desde 2020, os custos de produção e de logística subiram de forma razoável, e o dólar norte-americano disparou. Assim, são vários os motivos que fizeram o preço dos carros novos subir sem parar. Essa alta, aliás, contempla também a nova estratégia das montadoras de concentrar esforços nos modelos mais lucrativos.
Diante da atual realidade, que tem ainda os carros elétricos com baterias caríssimas, o cenário é pouco animador para os consumidores no mundo inteiro. Segundo Jack Hollis, chefe de vendas da Toyota da América do Norte, o preço dos carros novos não vai baixar. Ao contrário, vai continuar a subir em 2023 nos Estados Unidos. Ou seja, a declaração vai de encontro ao cenário global que também atinge o Brasil.
Ainda segundo Hollis, mesmo diante da alta dos valores praticados nos EUA, o faturamento da Toyota e sua divisão de luxo, Lexus, devem superar as expectativas em relação ao último ano. Espera-se que 2,2 milhões de carros sejam entregues em 2023, ou seja, 100.000 unidades a mais que em 2022. Entretanto, a expectativa é que a participação da montadora tenha ligeira queda, com projeções de um 1º semestre abaixo do esperado.
O alto executivo da marca, no entanto, diz que a Toyota trabalhará abaixo de sua capacidade normal, devido à problemas de fornecimento de peças. Por isso, diferente do planejado, vai entregar menos unidades que nos últimos anos, algo entorno de 17 milhões de veículos. Ainda assim, a marca “conseguirá vender todos os veículos que puder produzir”.
Mercado de usados é alternativa ao preço alto
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Ainda conforme o relatório da marca japonesa, a demanda por veículos usados será capaz de manter os valores residuais altos. Afinal, compradores que estejam com medo da crescente disparada no preço ainda podem optar por movimentar o mercado de seminovos. Este se mantém saudável ao redor do mundo, bem como no Brasil. (Jornal do Carro/Rodrigo Tavares)