Frota & Cia
O Agente Redutor Líquido Automotivo, conhecido como Arla 32, tem tido seus componentes adulterados, denunciam especialistas. Além de emitir mais gases poluentes, a falsificação pode provocar diversos defeitos nos veículos, como falhas, dificuldade para engrenar e problemas no arranque, denunciam especialistas
“Caso o produto falsificado prejudique o catalisador, que é uma peça de alto custo e que não tem conserto, o prejuízo pode chegar a mais de R$ 20 mil”, alerta Osvane Lazarone, gerente da Usiquímica, líder na fabricação do Arla 32 no Brasil.
A empresa atua de forma preventiva para combater o Arla 32 adulterado e desenvolveu dois testes, que auxiliam no processo: O primeiro é o Arla Teste, que é capaz de identificar se a água do produto tem minérios (metais) na sua composição ou não. O segundo, conhecido como Ureia Teste, é capaz de medir a quantidade de aldeído na ureia e identificar se ela é automotiva ou fertilizante (inapropriada para a produção do Arla).
“É importante realizar conversas e treinamentos com os órgãos regulatórios e responsáveis pela fiscalização do Arla adulterado, principalmente com o IBAMA e Polícia Rodoviária Federal (PRF), com o objetivo de informar sobre o andamento do mercado, para que a fiscalização aumente e seja mais rigorosa”, explica o gerente da Usiquímica.
Nos últimos anos, a preocupação com a poluição causada pelos veículos ao meio ambiente tem sido cada vez mais frequente. O reagente, que tem uma concentração de 32 gramas de ureia a cada 100 gramas de água, é injetado no sistema de escapamento e ali acontece uma reação química, que transforma o óxido de nitrogênio em nitrogênio e água, reduzindo a emissão de poluentes. (Frota & Cia/Rosa M. Symanski)