AutoIndústria
Apesar da queda no número de embarques, é positivo o balanço das exportações de veículos no primeiro bimestre deste ano em termos de valores, o que é explicado por “um mix de embarque formado por modelos de maior valor agregado, como caminhões e ônibus”, conforme palavras do presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, que divulgou balanço mensal do setor nesta última segunda-feira, 6.
As vendas externas atingiram 34.313 unidades em fevereiro, o que representou alta de 3,8% sobre janeiro (33.048), mas decréscimo de 17,2% no comparativo com o mesmo mês do ano passado (42.449). No acumulado do ano foram 67.361 unidades, recuo de 2,6% em relação aos 69.157 embarques de janeiro/fevereiro de 2022.
Já em valores exportados, o quadro é bem diferente. O crescimento no bimestre chega a 28,5%, com exportações de US$ 1.651.995 em 2023 e US$ 1.285.189 no primeiro bimestre do ano passado. Só em fevereiro foram negociados no exterior mais de US$ 942,8 milhões, valor 33% superior ao de janeiro (US$ 709,1 milhões) e 29% maior do que o registrado no mesmo mês de 2022 (US$ 731,1 milhões).
Em unidades, as exportações de automóveis e comerciais leves totalizaram 67.361 unidades no bimestre, recuo de 2,6% sobre idêntico mês do ano passado (69.157). No caso dos caminhões houve alta de 1,5% no mesmo comparativo, com 2.676 embarques nos dois primeiros meses deste ano, e dos ônibus de 3,7%, com 593 unidades exportadas.
O vice-presidente da Anfavea responsável pela área de pesados, Gustavo Bonini, destacou os negócios crescentes com o México nesse segmento de produtos. “Temos um acordo com aquele país iniciado em 2020 e que será concretizado neste ano, em julho, o que vem favorecendo as transações bilaterais do setor”.
Com relação aos veículos em geral, o presidente da Anfavea destacou como negativo o mercado colombiano, que caiu 17% neste início de ano, e como favorável o argentino, que projeta crescer 11% em 2023, totalizando perto de 420 mil emplacamentos. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)