Uber de caminhões conecta donos de carga e caminhoneiros

Estradão

 

Um Uber de caminhões. Assim é o Apexloads, serviço disponível em alguns países da África que conecta motoristas autônomos, embarcadores e donos de carga. Segundo a empresa de tecnologia, a operação é similar à do Uber. Ou seja, os clientes devem ter um cadastro no aplicativo. Assim, podem solicitar o serviço a uma base com centenas de motoristas. Portanto, basta informar detalhes como o tipo de carga, local de partida e destino.

 

Em seguida, o interessado receberá opções de profissionais. Conforme uma reportagem do Africa News, graças ao novo serviço a tarefa de despachar cargas, que levava horas para ser feita, agora requer poucos minutos. Da mesma forma, o serviço foi facilitado.

 

Atualmente, basta ter um telefone celular com internet. Conforme Hassan Magufuli, antes do app os desafios eram muito maiores. “Corretores roubavam dinheiro, cargas se perdiam, até o desembaraço na fronteira era problemático”. De acordo com Magufuli, que trabalha com transporte há dez anos, tudo é resolvido rapidamente.

 

Uber de caminhões cobre três países

 

Ainda de acordo com a reportagem, o responsável por essa mudança é o engenheiro aeroespacial queniano Charles Thuo. Formado nos Estados Unidos, ele decidiu apostar na área de transporte. Segundo Thuo, na África tudo depende do transporte por caminhões. “Sem isso, as pessoas não vão conseguir remédios nem comida”, diz.

 

Conforme Thuo, o continente africano está uma década atrás de regiões do mundo desenvolvidas em termos de tecnologia de logística. Porém, ele afirma que o app contribuiu para reduzir essa distância. Além de conectar quem precisa despachar a carga à melhor opção de transporte, o app facilita o pagamento do frete.

 

“Estamos oferecendo uma plataforma onde todos se reúnem para expandir seu alcance e negócios”, diz Henry Kibnia, gerente regional de desenvolvimento de negócios. De acordo com ele, cada vez mais países vão se integrados à nova malha. Atualmente, o app funciona em Uganda, Quênia e Tanzânia. (Estradão/Tião Oliveira)