Menos “tiozão”, Virtus 2023 custa a partir de R$ 104 mil

AutoIndústria

 

A partir de março a rede de concessionárias Volkswagen estará abastecida com a linha 2023 do Virtus. A atualização estética do sedã fabricado em São Bernardo do Campo, SP, resultou em medidas externas um pouco maiores e em estilo menos “carro de tiozão” do que o adotado quando de seu lançamento há cinco anos.

 

O Virtus 2023 também tem portfólio mais amplo. Passa a ser ofertado em cinco versões. A mais barata, com motor 1.0 turbo de 116 cv e transmissão manual, custa partir de R$ 104 mil e claramente é uma tentativa da marca de agradar aos frotistas.

 

Em 2022, as vendas diretas responderam por praticamente todas as 35 mil unidades do Voyage negociadas no mercado interno.

 

Acontece que o sedã menor entrou para a galeria dos aposentados em dezembro junto com o irmão de plataforma Gol, não por coincidência também substituído a partir deste mês pelo Polo Track, uma versão despojada do hatch, agora o carro de entrada mais barato da marca e que também utiliza a plataforma do Virtus.

 

Volkswagen Virtus

 

A segunda opção mais em conta do novo Virtus também é dotada do mesmo 1.0 turbo de 116 cv, mas com câmbio automático, conforto que demandará o desembolso de pelo menos R$ 113 mil. Acima dela estão a Comfortline (R$ 122 mil) e Highline (R$ 130 mil) equipadas com  motor 1.0 turbo mais potente, de 128 cv.

 

Para quem deseja mais desempenho, a Volkswagen oferecerá até o fim do primeiro semestre a topo de linha Exclusive, dotada de um 1.4 turbo de 150 cv.

 

Apesar de renovado, o Virtus tem linhas muito assemelhadas a de outros modelos da marca. A dianteira, por exemplo, tem clara identificação com a do Nivus, SUV de desenho esportivo e que chama a atenção de um público mais jovem, bem mais do que a versão hatch do Virtus, o Polo.

 

Sem a concorrência do próprio Voyage e com lista de equipamentos de série mais recheada, a Volkswagen acredita que o Virtus tem potencial para reverter a decadência comercial que exibiu nos últimos três anos.

 

Se estreou em 2018 liderando o segmento de sedãs compactos e repetiu a dose no ano seguinte, em 2020 foi atropelado pelo Chevrolet Onix, que vendeu quase três vezes mais – 83,4 mil licenciamentos contra 30,9 mil do Virtus -, assim como em 2021, quando  54,7 mil Onix foram licenciados ante 20,5 mil Virtus.

 

No ano passado, o representante da Volkswagen saiu definitivamente da preferência dos consumidores, tanto que acumulou apenas 5,6 mil licenciamentos, média mensal inferior a 500 unidades.

 

Foi apenas o quarto sedã compacto mais vendido e o 43º colocado no ranking geral de veículos. O Onix Plus, é bom frisar, vendeu mais de 75 mil unidades e terminou como terceiro carro mais vendido do País. (AutoIndústria/George Guimarães)