Jornal do Carro
Embora sejam realidade, são raros os carros alimentados por energia solar disponíveis no mercado. Por exemplo, um deles é o holandês Lightyear 0, que permite o carregamento das baterias via painéis solares e é capaz de ficar até seis meses sem recargar em fonte externa. Pois uma equipe de estudantes da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, projetou um veículo também equipado com placas solares, o Sunswift 7.
O “carro solar” desenvolvido e feito pelos universitários, e conseguiu percorrer 1.000 km em menos de 12 horas com uma única carga. Dessa forma, o grupo reivindica o recorde mundial do Guiness Book – O Livro dos Recordes. O veículo passou por teste na pista Australian Automotive Research Center (AARC), onde registrou tempo de 11 horas, 53 minutos e 32 segundos. A velocidade média foi de 84,17 km/h. Entretanto, o modelo pode alcançar 140 km/h.
O registro dessa marca aconteceu graças aos 4,6 m² de painéis de captação de energia solar instalados na carroceria, bem como à aerodinâmica, por conta do formato da carroceria que tem baixa resistência ao ar. Além disso, o carro é feito de fibra de carbono, o que faz com que pese só 500 kg. Sob o capô, ele conta com uma bateria de íons de lítio de 38 kWh.
Durante o teste no circuito australiano, o Sunswift 7 completou 240 voltas, o que equivale à distância de Sydney até Melbourne. Segundo o registro, o veículo parou apenas cinco vezes para realizar a troca de motoristas. Além disso, precisou trocar um pneu furado e fazer um reparo no gerenciamento da bateria.
De acordo com o professor que orientou o grupo, Richard Hopkins, o Sunswift 7 teve um consumo de apenas 3,8 kWh/100 km. Parra se ter uma ideia, os modelos elétricos atuais são os mais eficientes do mercado automotivo, com médias de 15 kWh/100 km. Evidentemente, por se tratar de um protótipo, boa parte desse desempenho se deve à ausência de recursos tradicionais, como sistemas de ar-condicionado e airbags, por exemplo.
“O Sunswift 7 não é um carro de produção do futuro, uma vez que abrimos mão do conforto e o custo é proibitivo. Mas mostramos que, se você quiser tornar os carros mais eficientes, sustentáveis e ecológicos, isso é possível”, resumiu Hopkins. (Jornal do Carro/Jady Peroni)