AutoIndústria
Com a produção de 129.216 unidades em novembro, a indústria de motocicletas atingiu 1.328.105 unidades fabricadas no ano, registrando crescimento de 18,7% sobre os mesmos 11 meses do ano passado (1.118.790). É o melhor resultado para o período desde 2014, quando saíram das linhas de montagem do PIM (Polo Industrial de Manaus) 1.432.842 motocicletas.
Com relação a novembro, o setor registrou alta de 13,6% sobre idêntico mês do ano passado e, apesar da queda de 5,9% no comparativo com outubro, foi o melhor novembro em nove anos. Os dados foram divulgados na manhã desta segunda-feira, 12, pela Abraciclo, Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares.
Marcos Fermanian, presidente da entidade, garante que o volume de produção está dentro do planejado e que a expectativa de atingir 1.420.000 motocicletas no ano deverá ser atingida. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante Ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado”, destaca.
O executivo já adianta que também para 2023 as perspectivas são boas. “Muitos brasileiros encontram no modal um veículo ágil, de custo de manutenção mais em conta e com maior facilidade de aquisição”, avalia, informando ainda que as filas de espera para as motos de baixa cilindrada devem perdurar nos próximos meses.
Conforme já havia divulgado a Fenabrave, no acumulado do ano foram emplacadas 1.229.737 motos, crescimento de 17,7% na comparação com o mesmo período do ano passado (1.044.413 motocicletas). Assim como a produção, informa a Abraciclo, foi o melhor resultado desde 2014 (1.301.981 unidades).
Com 64.557 unidades e 52,4% de participação no mercado, a Street liderou o ranking das categorias mais licenciadas em novembro. Em segundo lugar, ficou a Trail (23.312 motocicletas e 18,9% do mercado), seguida pela Motoneta (18.566 unidades e 15,1%).
As motos de baixa cilindrada (até 160 cc), muito utilizadas nos serviços de entrega e nos deslocamentos urbanos, chegaram a 101.668 unidades licenciadas, o que corresponde a 82,5% dos emplacamentos. Os modelos de 161 a 449 cilindradas tiveram 17.864 unidades licenciadas (14,5% do mercado), enquanto as motocicletas acima de 450 cilindradas registraram 3.682 emplacamentos (3%).
De acordo com Fermanian, a fila de espera por esses modelos e também pelas scooters ainda deverá se estender até o primeiro semestre de 2023. “Isso ainda é reflexo do primeiro bimestre, quando cerca de 100 mil motocicletas deixaram de ser produzidas. Além disso, em dezembro, teremos as férias coletivas quando as fábricas aproveitam para realizar as manutenções e os ajustes necessários em suas linhas de montagem”, explica.
Exportações
As associadas da Abraciclo exportaram 51.412 motocicletas até novembro, alta de 2,4% na comparação com o mesmo período do ano passado (50.193 unidades). A Colômbia foi o principal destino. Segundo levantamento do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat, o país recebeu 14.854 unidades, o que representa 29% do volume total exportado. Em segundo lugar, ficou a Argentina (12.098 motocicletas e 23,6% das exportações), seguida pelos Estados Unidos (10.973 unidades e 21,4%). (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)