Produção brasileira de veículos comerciais cresce 13,3% em novembro

Truck & Bus Builder América do Sul

 

A produção de veículos comerciais no Brasil cresceu 13,3% em novembro, com 18. 090 unidades, contra 15.963 unidades do mesmo mês do ano passado. A elevação foi puxada, principalmente, pela maior produção de ônibus, com 2.969 unidades, 87,6% a mais que as 1.583 unidades de novembro de 2021. O segmento de caminhões apresentou crescimento de 5,2%, com 15.121 unidades, contra os 14.380 veículos fabricados anteriormente.

 

De acordo com o vice-presidente da Anfavea (associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Carlos Moraes, o resultado é 3,3% inferior ao registrado em outubro (18.708 unidades), em razão da instabilidade ainda muito alta na cadeia produtiva pela escassez de semicondutores e de outros componentes, como chicotes elétricos e pneus.

 

No acumulado do ano, a alta foi de 8,2%, com 177.297 unidades, contra 163.867 de janeiro a novembro de 2021. Segundo a entidade, mesmo com todos os desafios e obstáculos, a produção de 2022 deverá atingir elevação de 7,0% em relação à de 2021, sobretudo em razão da maior atividade das montadoras para produzir mais veículos Euro 5, antecipando-se à nova legislação Euro 6 que entrará em vigor em 1º de janeiro, mas que permite a comercialização de veículos Euro 5 produzidos até o dia 31 de dezembro.

 

A estimativa é atingir 192.000 unidades, contra os 177.691 veículos de 2021. Isso porque em dezembro, a produção deverá ser menor, impactada por férias coletivas e pela Copa do Mundo de Futebol.

 

Por segmento, a produção de caminhões alcançou 147.378 unidades, com elevação de 0,7% em relação às 146.415 unidades do mesmo período do ano anterior. Em ônibus, a elevação foi de 71,4%, com 29.919 veículos, contra os 17.452 dos 11 meses de 2021.

 

Falta de semicondutores

 

Segundo a Anfavea, a falta de componentes continuará a prejudicar o ritmo produtivo e, apesar da melhora a cada mês, a crise dos semicondutores afetará a indústria nacional pelo menos até o primeiro semestre de 2023, com possibilidade de durar até meados de 2024.

 

Para o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, os semicondutores continuam sendo um grande problema para o setor e deverá ser um limitador para a produção pelo menos até o primeiro semestre de 2023 e provavelmente se estendendo até o início de 2024. (Truck & Bus Builder América do Sul)