Correio do Povo
A imprensa primeiro mundista destacou nesta quinta-feira o que o jornal inglês The Guardian considera “o passo gigante da Indústria automobilística na direção do “carbono zero”. Foi iniciada numa unidade industrial da montadora finlandesa Valmet para a produção em série do carro solar Light Year, que ostenta o nome da empresa holandesa que o idealizou. Uma montadora financiada por capital multinacional.
O fundador e presidente da Lightyear é o engenheiro e físico holandês Lex Hoefsloot que explicou o projeto. “Não foi fácil nosso caminho. Primeiro tivemos que procurar o capital financeiro necessário para financiar o projeto. Como há este clima de urgência energética e climática no mundo na transição do combustível fóssil para a energia renovável, então tivemos um apoio de Grandes empresas que nos surpreendeu. Nada mais próximo e vital para o ser humano do que o sol que aquece o planeta e gera vida. Mas paradoxalmente a poluição fez do sol um algoz, no aquecimento global. O carro solar mais do que o carro elétrico será essencial na descarbonização do planeta. Convém lembrar que os carros elétricos dependem das usinas de produção da eletricidade movidas a carvão que são uma ameaça ao meio ambiente. O carro elétrico e limpo, mas a rede é suja”, lembrou o executivo.
O carro solar necessita da energia liberada pelo Sol. Portanto, não tem limite na autonomia, sendo totalmente inofensivo ao meio ambiente. Utiliza fibras naturais na estrutura e carroceria, pesa 1500 quilos e chega aos 150 km/h. Não gera a “angústia elétrica”, ou a preocupação de que a autonomia não será suficiente para terminar um trecho.
A Ligthyear tem 600 colaboradores e a escolha da Valmet se deve à experiência de 50 anos em associações a montadoras e a dedicação nos últimos 10 anos à produção de veículos elétricos. O primeiro Lightyear chega ao mercado ainda em dezembro. A produção em 2023 será de um carro por semana e o custo inicial é de 260 mil dólares. (Correio do Povo/Renato Rossi)