O Estado de S. Paulo
Recém-chegada ao Brasil, a Great Wall Motors (GWM) vai iniciar em março de 2023 sua produção local, com veículos híbridos flex, que poderão receber motores com combustão a etanol ou gasolina. A marca que comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP) é a segunda em menos de uma semana a anunciar o uso dessa tecnologia. Na última quarta-feira, a Caoa Chery informou que está produzindo dois utilitários-esportivos (SUVS) híbridos flex em Anápolis (GO), com início de vendas previsto para agosto. Já a Toyota, pioneira no lançamento dessa tecnologia no Brasil, tem atualmente dois produtos com essa opção no mercado: o Corolla e o Corolla Cross, líderes de venda no País entre carros eletrificados.
No próximo mês, a GWM inicia no País as vendas do Haval 6, SUV importado da China em versões híbrida e híbrida plugin. O carro usa uma tecnologia chamada DHT, que foi atualizada pela própria GWM e oferece autonomia de 200 km para o motor elétrico – segundo a empresa, a maioria dos modelos tem autonomia de até 80 km. “O Brasil será o primeiro país a receber essa tecnologia”, disse ontem Oswaldo Ramos, diretor comercial da GWM no Brasil. PLANO. Ao chegar ao País, o grupo anunciou o investimento de cerca de R$ 10 bilhões em duas fases. Na primeira, até 2025, serão gastos R$ 4 bilhões, valor que inclui alterações na fábrica, criação de uma rede de postos de recarga de carros elétricos e dez lançamentos, todos de modelos eletrificados. Os outros R$ 6 bilhões serão aplicados entre 2026 e 2032, período em que a empresa pretende iniciar também a produção local de baterias. (O Estado de S. Paulo/Cleide Silva)