Governo Federal lança chamada de R$ 50 milhões para pesquisa em bioquerosene, hidrogênio verde e biometano

Diário do Transporte

 

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) lançou nesta quarta-feira, 15 de junho de 2022, uma chamada pública para incentivar o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis como bioquerosene para aviação, hidrogênio verde, biometano e biodiesel.

 

Os recursos totais disponíveis serão de R$ 50 milhões, sendo que R$ 15 milhões vão para o setor de motores de ignição por compressão, R$ 15 milhões para produção, armazenamento e uso do hidrogênio nos transportes e, a área de aviação vai contar com R$ 20 milhões.

 

O dinheiro virá o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a chamada da FINEP, empresa pública do MCTI, para a inovação no setor nos diferentes meios de transporte, incluindo os modos coletivos, como ônibus e ferroviário.

 

Poderão participar empresas de qualquer porte em parceria com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).

 

De acordo com o Governo Federal, são esperados resultados como o aumento da inovação dentro do Programa Combustível do Futuro, do Governo Federal, a melhoria dos combustíveis no país e diversificação das matérias-primas desses produtos.

 

As inscrições podem ser feitas entre 24 de junho até 5 de agosto.

 

As empresas interessadas devem apresentar uma planta piloto ou uma planta demonstrativa de processos de produção de combustíveis menos poluentes que diesel e gasolina e de fontes renováveis.

 

Cada projeto pode contar com financiamentos entre R$ 1 milhão e R$ 7,5 milhões.

 

Não vão receber dinheiro os projetos que sejam “mera tropicalização” de produtos ou processos de produção já usados pela matriz estrangeira da empresa.

 

Cada empresa poderá participar de apenas um projeto, em uma única linha temática, ou seja, ou para motores de ignição; ou para aviação ou para hidrogênio nos transportes.

 

Os Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) só podem ser prestadores de serviços para as empresas.

 

O projeto deve ser realizado em território brasileiro e, segundo o MCTI, o dinheiro deve cobrir somente as despesas para execução de atividades do projeto, como desenvolvimento de novos produtos, prototipagem, lotes piloto, ensaios e testes de conformidade e certificação, e patenteamento. (Diário do Transporte/Adamo Bazani)