O Estado de S. Paulo
Trocar um pneu furado pode ser uma tarefa simples para alguns, mas há pessoas que não têm ideia do que fazer numa emergência desse tipo. Se for o seu caso, saiba que a operação não tem mistério, embora ela deva ser feita com atenção e cuidado para evitar problemas.
A primeira recomendação é parar em um local seguro assim que perceber qualquer alteração no comportamento do veículo – direção puxando para um dos lados ou dificuldade ao manobrá-lo.
Se possível, estacione em uma área firme e plana. Caso contrário, é melhor chamar o socorro mecânico. Acione o pisca-alerta e sinalize com o triângulo de emergência.
Constatado o problema no pneu, prepare o reserva, o macaco e a chave de roda. Acione o freio de estacionamento, retire todos os ocupantes do veículo e posicione o macaco no local recomendado pela montadora para erguer o carro (verifique no manual do proprietário).
Importante: cada automóvel possui um local específico para isso e tentar erguer o carro de maneira incorreta pode danificá-lo, além de representar risco de acidentes, como observa Gabriel Loureiro, diretor técnico da Kia Motors.
Atenção ao operar o macaco
Antes de levantar o automóvel, calce a roda diagonalmente oposta àquela que vai ser substituída, para impedir que o carro se mova, e afrouxe as porcas (ou parafusos), sem retirar nenhuma.
Levante o carro com o macaco até perceber que a roda não está mais em contato com o piso, e só então termine de remover as porcas. Tire o pneu murcho, instale o estepe e recoloque as porcas, apertando-as inicialmente com a mão e depois com a chave de roda. Certifique-se de que a chave esteja encaixada corretamente na porca antes de apertar.
Baixe o veículo com o macaco e só então providencie o aperto final das porcas. Atenção: não exagere na força, utilizando o pé ou a alavanca, pois isso pode danificar as porcas ou, pior, os prisioneiros no cubo da roda.
Uma ressalva importante é que muitos veículos atualmente possuem estepes de uso temporário, que, como o nome indica, devem ser usados apenas para levar o carro até um local onde o pneu original possa ser reparado.
Além disso, esses pneus sobressalentes têm limite de velocidade, que deve ser respeitado para garantir a segurança dos ocupantes.
Gabriel Loureiro faz outra observação: “Alguns modelos sequer possuem estepe, mas um kit de reparo (com selante e um pequeno compressor de ar), que permite realizar uma solução emergencial, garantindo que o carro prossiga até uma oficina onde o pneu possa ser devidamente consertado”.
Após a troca do pneu, lembre-se de recolher todos os itens utilizados (macaco, chave de roda, pneu e triângulo), armazenando-os de forma correta para evitar ruídos no porta-malas.
Independentemente do tipo de estepe que seu veículo possuir, providencie o reparo no pneu original assim que possível e sempre mantenha o sobressalente em ordem. Afinal, nunca se sabe quando um pneu pode furar. (O Estado de S. Paulo)