O Estado de S. Paulo
Apesar da falta de componentes eletrônicos, as montadoras fecharam maio com alta de 10,7% na produção, na comparação com abril, chegando a 205,9 mil veículos fabricados. Foi o melhor resultado no ano, segundo a Anfavea, a associação que representa o setor no País.
Na comparação com maio de 2021, houve alta de 6,8% na produção de veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Foi a primeira vez no ano que a produção subiu no comparativo com 2021. No acumulado do ano, porém, houve queda de 9,5%, com a montagem total de 888,1 mil unidades.
A direção da Anfavea considera que a crise de abastecimento no setor começou a perder força. “O problema de semicondutores ainda persiste, mas, devagar, a situação tem se tornado menos crítica na comparação com o mês anterior”, afirmou Márcio de Lima Leite, presidente da entidade.
Ele ponderou que as fábricas ainda enfrentam um “grande desafio” para manter o ritmo de produção, já que os problemas de fornecimento não se resumem mais aos semicondutores – cuja escassez representa o maior gargalo da indústria. Segundo Leite, itens como borrachas, cabos e resinas também têm exigido maior planejamento das montadoras.
Demanda
As vendas de veículos também tiveram o melhor resultado no ano, com avanço de 27% na passagem de abril para maio, chegando a 187,1 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
O resultado representou uma leve queda de 0,9% em um ano e ficou próximo do total vendido no mesmo período do ano passado. Com isso, o recuo no acumulado dos cinco primeiros meses do ano ficou em 17%, num total de 740 mil unidades. (O Estado de S. Paulo/Eduardo Laguna)