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A cada ano que passa, o mercado de carros eletrificados no Brasil cresce mais. Em um relatório produzido pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) revelou que as vendas dos veículos eletrificados leves no Brasil, no último trimestre, chegaram a 9.844 unidades, representando um crescimento de 115% em relação ao mesmo período em 2021.
De acordo com a ABVE, o crescimento das vendas de veículos eletrificados contrasta com a queda do número total de veículos vendidos nos trimestres iniciais de 2022 e 2021 (374.533 e 487.533, respectivamente, segundo dados da Fenabrave).
O relatório aponta que os 3.851 emplacamentos de eletrificados, fizeram que o mês passado se tornasse o terceiro maior em números de vendas, só perdendo para dezembro e agosto de 2021, quando 4.545 e 3.873 veículos foram emplacados nesses meses, respectivamente.
Atualmente a frota de veículos eletrificados leves no Brasil é de 86.986 unidades, e caso as vendas mantenham o crescimento atual, a tendência é que esse número supere a marca de 100.000 unidades até o final do semestre.
A liderança do mercado de veículos híbridos é da Toyota, que comercializa o Corolla Hybrid e Corolla Cross Hybrid, os dois modelos somados, corresponderam a 65% do total de veículos eletrificados no último mês. O número total de HEVs (híbridos que não são ligados à carregadores) foi de 2.811 unidades comercializadas.
O relatório ainda aponta que a liderança do mercado de veículos BEV (100% elétricos movidos a baterias) em março, foi do Volvo XC 40 Recharge com 179 unidades vendidas, e no campo dos comerciais, Citroën e-Jumpy Cargo e Peugeot e-Expert Cargo se destacaram no segmento, com 49 e 45 unidades respectivamente.
O presidente da ABVE, Adalberto Maluf, conclui que o consumidor brasileiro começa a preferir veículos eletrificados, mas o resultado está abaixo do que o mercado pode absorver: “O consumidor brasileiro já dá preferência aos veículos de baixa emissão de poluentes.
Os números são claros: nos dois anos de pandemia, os eletrificados cresceram exponencialmente, enquanto o mercado de veículos a combustão regrediu. Mas a participação de mercado dos eletrificados ainda está abaixo do potencial do país. Apenas 2,6% no primeiro trimestre. Temos de avançar muito mais. Considerando somente os veículos elétricos plug-in (BEV e PHEV), esse porcentual cai para 0,8%”.
Para Maluf, a indústria brasileira passa por um momento muito complicado, onde observar tendências podem ser cruciais para o futuro da produção no país: “Se o Brasil não se inserir fortemente nas novas cadeias produtivas globais da eletromobilidade, vai perder competitividade. As indústrias nacionais ficarão obsoletas, e os empregos do futuro serão criados nos outros países, e não aqui”, concluiu. (Portal iG Carros)