Veículos pesados: procura por novas cotas cresce 89% no ano

AutoIndústria

 

Com juros e inadimplência em alta, o sistema de consórcio mantém processo de crescimento consistente no País. Todos os segmentos veiculares estão em alta este ano, mas o destaque continua sendo o de veículos pesados, que inclui caminhões, tratores e implementos rodoviários.

 

Nesse caso, a venda de novas cotas no primeiro bimestre deste ano teve a expressiva expansão de 89,1%, saltando de 15,9 mil para 30,1 mil no comparativo interanual, conforme balanço divulgado pela Abac, Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio, nesta sexta-feira, 18.

 

O volume de créditos comercializados cresceu 66,3%, passando de R$ 3,29 bilhões nos primeiros dois meses de 2021 para R$ 5,47 bilhões no mesmo período deste ano. Também o tíquete médio, que acompanha o aumento de preço dos caminhões, teve alta de 4%, atingindo R$ 177,47 mil no mês passado, ante os 170,38 de fevereiro de 2021.

 

“As 6,78 mil contemplações só de caminhões, anotadas em janeiro e fevereiro, corresponderam à potencial compra de 41,1% do mercado interno, que totalizou 16,48 mil unidades vendidas, segundo dados da Fenabrave”, informa o relatório da Abac. São atualmente 480,92 mil participantes ativos no segmento de pesados, contra 393,1 mil há um ano.

 

No cômputo geral dos veículos, que também inclui os leves e as motos, o sistema de consórcio totaliza 6,88 milhões de participantes ativos este ano, 5% a mais do que em 2021. A venda de novas cotas evoluiu 5,9% este ano, com 446,2 mil adesões, e o volume de créditos comercializados chegou a R$ 20,08 bilhões, valor 19,8% superior ao registrado no primeiro bimestre do ano passado (R$ 16,76 bilhões).

 

Ante o crescimento de 89,1% na venda de novas cotas de veículos pesados, a adesão no segmento de automóveis e comerciais leves teve crescimento de apenas 2%, passando de 229,5 mil para 234,05 mil. O número de participantes ativos consolidados no segmento de leves teve alta de 5,1%, atingindo 4,07 milhões de consorciados. (AutoIndústria/Alzira Rodrigues)