Estradão
A produção brasileira de caminhões voltou a apresentar números positivos em fevereiro. Ao todo, entregou 11.389 unidades. O número é 20,4% superior ao de janeiro, quando 9.463 veículos saíram das linhas de produção no País. Por outro lado, foram feitos 416 caminhões a menos na comparação com fevereiro de 2021. Uma queda de 3,5%.
Seja como for, o volume no 1º bimestre foi levemente maior que o do mesmo período do ano passado. Em janeiro e fevereiro, as montadoras fabricaram 20.852 caminhões, alta, portanto, de 1,2% sobre as 20.610 unidades feitas nos dois primeiros meses de 2021. Os dados são da Anfavea, a associação das fabricantes de veículos no País.
De acordo com o vice-presidente, Gustavo Bonini, o ritmo está normalizado apesar dos impactos da falta de semicondutores e da pandemia. No começo de março, por exemplo, duas montadoras desaceleraram o ritmo da produção. A Mercedes-Benz concedeu férias coletivas a 600 colaboradores para ajustar sua produção em São Bernardo do Campo. Da mesma forma, a Scania suspendeu parte da produção na semana do Carnaval.
A fabricação de caminhões pesados somou 5.463 modelos 0-km, o que representa alta de 43,6% sobre as 3.804 feitos de fevereiro. Por outro lado, na comparação com fevereiro do ano passado a queda foi de 8,6%, com a produção de 5.980 unidades.
Já o volume de semipesados foi de 3.279 unidades. Ou seja, alta de 8% sobre os 3.035 produzidos em janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, a indústria produziu 41 caminhões a mais.
No segmento de médios, foram 530 unidades, um crescimento de 57,3% sobre os 237 caminhões entregues em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2021, no entanto, houve redução de 19,7% sobre as 660 unidades.
Por fim, a produção de caminhões leves foi de 2.022 unidades, 5,6% inferior sobre as 2.142 de janeiro, porém 8,9% maior que as 1.856 unidades de fevereiro do ano passado.
Ucrânia
A guerra na Ucrânia poderá trazer alguns impactos para o mercado de caminhões, de acordo com a Anfavea. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Moraes, ainda não é possível estimar os impactos, porém, poderá ter alto no preço das commodities como o alumínio, e o agravamento da falta de semicondutores. (Estradão/Aline Feltrin)