Diário do Poder
O mês de janeiro não foi nada bom para o mercado automotivo brasileiro, representando queda em todas as comparações, tanto que, mesmo com dias a menos, fevereiro teve leve alta em relação ao primeiro mês do ano, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Com 120.192 emplacamentos no último mês, fevereiro foi 3,08% melhor que janeiro, quando foram comercializadas 116.597 unidades. No entanto, comparado com o mesmo período de 2021, houve uma queda de 24,03% (158.201).
Mesmo com a leve alta, fevereiro não foi capaz de estabilizar o acumulado do ano, nos dois primeiros meses foram emplacadas 236.789 unidades, 26,17% a menos que no ano passado, quando 320.732 unidades foram comercializadas.
Entre caminhões e ônibus, a situação foi invertida. Mesmo com um fevereiro ruim, o acumulado do ano segue no azul graças a janeiro. No último mês foram emplacados 9.084 unidades, 8,08% a menos que em janeiro (9.883) e 0,61% menor que o mesmo período de 2021 (9.140). Já no ano, o total é de 18.967 unidades, alta de 7,02% (17.723).
No mercado de motocicletas, os dados estão melhores, principalmente em relação ao ano passado. Em fevereiro, foram 74.065 unidades comercializadas, 28,98% a mais que no mesmo período de 2021, quando houveram 57.423 emplacamentos. No acumulado, a alta é de 14,4% (163.747 contra 143.255). Apenas em relação a janeiro teve queda, de 17,41% (89.682).
No primeiro bimestre, o mercado geral de veículos emplacou 448.583 unidades, uma queda de 13,08% em relação ao mesmo período de 2021 (516.079). Em fevereiro, foram 217.807, redução de 5,62% comparado com janeiro (230.776) e de 10,01% em relação ao mesmo período do ano passado (242.032).
“Vemos segmentos, como o de automóveis, que mostraram recuperação, mas, vivemos, ainda, um momento complexo para o setor, no qual muitos têm enfrentado dificuldades para conseguir crédito, além de persistir a escassez de produtos em muitas categorias de veículos, em função da falta de insumos e componentes. Isso freia o avanço das vendas”, aponta José Maurício Andreta Jr, presidente da Fenabrave. (Diário do Poder/Geison Guedes)