Renault Mégane retorna ao Brasil com carroceria SUV e motor elétrico

Jornal do Carro

 

Quando o CEO da Renault, Luca de Meo, disse que focaria em SUVs no Brasil, ninguém cogitava a volta do Mégane. É isso mesmo, para se adequar à nova demanda da clientela, ele – que já esteve no Brasil nas décadas de 1990 e 2000 em forma de hatch e sedã – virou um utilitário esportivo. E coloque mais uma mudança nessa conta: tem motor elétrico. Já à venda na Europa, o novo Mégane chega aqui no último semestre de 2022.

 

Revelado no Salão do Automóvel de Munique (Alemanha) de 2021, a nova geração do médio é o primeiro Renault feito na arquitetura modular CMF-EV. A base é fruto da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi e surgiu com o conceito Mégane eVision, de 2020.

 

Enquanto aqui no Brasil a Renault apostava quase todas as suas fichas em carros básicos e de design insosso, na Europa, a história é outra. E o novo Mégane E-Tech, evidentemente, não foge à regra. Nesse sentido, os faróis têm iluminação Full LEDs e luzes diurnas que invadem o para-choque dianteiro. O logotipo no centro da grade (com detalhes cromados) já tem o visual mais moderno. Na parte de trás, a lanterna fininha é ligada por uma faixa iluminada por LEDs. Destaque para a linha da cintura alta e a leve caída na parte posterior do teto – lembra o Land Rover Evoque.

 

Do lado de dentro, o painel é dominado por telas. O arranjo em forma de “L” compõe o quadro de instrumentos de 12,3″ e uma tela no centro do painel que reúne o sistema de entretenimento. Esta tem 12″ e é vertical. Assim como na Volvo, o sistema operacional Android reúne serviços nativos do Google. E tem conexão Android Auto e Apple CarPlay sem fio.

 

Para se mover

 

O novo Mégane que vem ao Brasil na versão topo de linha. Nela, a bateria de 60 kWh rende autonomia de até 470 km. No desempenho, são 220 cv de potência e um torque máximo de 30,6 mkgf. Na Europa, tem uma versão com números mais modestos: 130 cv e autonomia de 300 km. Segundo a Renault, o Mégane E-Tech chega aos 100 km/h em 7,5 segundos. Já a velocidade máxima é limitada e não passa dos 160 km/h.

 

Nas dimensões, tem porte de SUV compacto, com 4,21 metros de comprimento, 1,78 m de largura, 1,50 m de altura e entre-eixos de 2,70 m. Assim, é um pouco menor que o irmão Captur. Mas leva até 440 litros no porta-malas. Ou seja, 3 litros a mais que o veterano.

 

Quanto vai custar?

 

Há estimativas de que o preço do Renault Megane E-Tech fique acima dos R$ 300 mil. A estratégia, no entanto, é compreensível, afinal, dessa maneira a marca não canibaliza as vendas do Zoe (R$ 204.990 a R$ 229.990). Embora os modelos elétricos não sigam a cartilha do segmento (todos concorrem com todos), acredita-se que um rival próximo seja o Volkswagen ID.4, que também chega às lojas neste ano.

 

Na lista de itens de série, como não pode faltar hoje em dia, tem condução semiautônoma. O pacote traz controle de cruzeiro adaptativo e assistente de permanência em faixa, por exemplo. Som premium Harman Kardon e Park Assist também estão na lista. (Jornal do Carro/Vagner Aquino)