Consórcio bate recorde de vendas e segue como boa opção de planejamento financeiro

Revista Torque

 

O setor de consórcios encerrou 2021 batendo recorde de vendas de cotas, de acordo com a ABAC – Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, seguindo como uma ótima opção de planejamento financeiro para milhões de brasileiros. Um dos motivos desse crescimento certamente está na ausência de cobrança de juros, diferente do que ocorre em um financiamento comum.

 

“As cerca de 3,46 milhões de adesões durante o ano passado, além da possibilidade de escolher entre diferentes opções de valores e prazos, aliado ao poder de negociação de quem tem uma carta de crédito e pode ter melhores condições com pagamento do bem à vista, beneficiam-se do não pagamento de juros através de cobrança de taxa de administração, que é prefixada no momento de adesão e diluída entre todos os meses do plano adquirido”, diz Rodrigo Salim, especialista financeiro com mais de 15 anos de experiência em empresas do segmento, graduado em Direito pela Universidade Mackenzie e MBA em Gestão Empresarial pelo INSPER/IBMEC.

 

O consórcio é a modalidade de compra baseada na união de pessoas com a finalidade de formar uma poupança, mas com poder de uso de crédito à vista, para aquisição de bens, sempre realizado por uma administradora que precisa ser autorizada e fiscalizada pelo Banco Central do Brasil. Essa excelente alternativa de planejamento de compra, presente nos mais diversos segmentos, somou entre janeiro a dezembro de 2021 o volume de R$ 222,26 bilhões de negócios contratados.

 

“Antes de adquirir uma cota de consórcio é preciso saber que essa é uma modalidade de compra programada. Ele atende o consumidor que quer comprar ou reformar um imóvel ou ainda adquirir ou realizar a troca do automóvel, escolhendo o tipo de plano que cabe em seu orçamento”, explica Salim.

 

Democrático, o consórcio atende desde o consumidor que precisa de um serviço até aqueles que decidem comprar bens de maior valor como imóveis e no segmento de veículos, como carro, caminhão ou trator, passando por motocicletas.

 

Das quase 3,5 milhões de adesões em 2021, a distribuição entre as modalidades foi da seguinte maneira:

 

1º) Veículos leves com 1,45 milhão de novas adesões

2º) Motocicletas, com 1,12 milhão de novas adesões

3º) Imóveis, com 496,95 mil novas adesões

4º) Veículos pesados, com 182,60 mil novas adesões

5º) Eletroeletrônicos, com 129,66 mil novas adesões e

6º) Serviços, com 82,04 mil novas adesões

 

“Em todos esses segmentos a metodologia é a mesma: o valor do bem ou serviço é diluído em um prazo predeterminado. A partir desse momento, todos os integrantes do grupo contribuem ao longo desse período mensalmente e a administradora os contempla, por sorteio ou lance, com o crédito no valor do bem ou do serviço contratado, até que todos sejam atendidos”, diz o especialista financeiro.

 

O lance serve para quem não quer esperar até o final do consórcio, podendo fazer oferta de crédito e com isso antecipar acesso ao valor da carta. Parecido com um leilão, onde quem der o maior valor leva a carta de crédito.

 

Um exemplo sobre como funciona o consórcio de veículos leves, o mais popular entre todos os segmentos: na hora de decidir os valores que irá pagar, o consumidor escolhe o tipo de veículo que quer comprar e paga no consórcio o valor do bem em seu preço tabelado.

 

“Criado em 1962, o consórcio completa 60 anos em 2022 com reais perspectivas de seguir como importante ferramenta de compra para milhões de brasileiros, que buscam o parcelamento integral do bem, a diversidade de prazos para pagamentos, o poder de compra à vista, as possibilidades de obter o crédito por meio de sorteios ou acelerar a contemplação por meio de lances, a oportunidade de formar e ampliar patrimônio e a flexibilidade do uso do crédito”, finaliza Salim. (Revista Torque)