Empresas Randon desenvolvem cadeia de fornecimento com atenção às práticas socioambientais

Coisas de Agora

 

A qualidade, o respeito à legislação e a adoção de boas práticas socioambientais são variáveis importantes na tomada de decisão nos processos de compra das Empresas Randon, que colocaram como meta trabalhar apenas com fornecedores classes A e B até o final de 2022. A classificação faz parte de um processo interno da companhia, a partir de um índice próprio que tem por base uma série de requisitos legais, normativos e específicos de clientes.

 

“Queremos ampliar a nossa forma de ser e de fazer, levando com ainda mais empenho nossas ambições relacionadas ao meio ambiente e à responsabilidade social, por exemplo, para a nossa cadeia de abastecimento e conscientizar os nossos fornecedores sobre a importância dessas iniciativas”, afirma o vice-presidente e COO das Empresas Randon, Sérgio L. Carvalho.

 

Isso não significa apenas selecionar aqueles que atendem determinados critérios, mas ajudar os fornecedores a se desenvolverem e manterem um alto padrão de atendimento. As ferramentas usadas no desenvolvimento deste trabalho começaram a ser aplicadas em 2003, e foi por meio desses requisitos que as Empresas Randon fizeram com que a cadeia evoluísse. Desde 2019, não há fornecedores classe D. Agora, o desafio é que os fornecedores de performance classe C tornem-se, no mínimo, recomendados com índices de desempenho superiores a 80% (classe B) e 90% (classe A). A partir deste nível, eles passam a ter prioridade nos contratos de fornecimento, em novos projetos e na participação de techdays e workshops promovidos pela companhia.

 

Entre os ganhos para as empresas estão a redução da quebra de abastecimento, a alavancagem da qualidade dos produtos e do seu valor agregado, a geração de projetos de inovação e tecnologia e o engajamento dos fornecedores em relação aos compromissos ESG assumidos pelas Empresas Randon. Entre 2020 e 2021, houve redução de 30% no número de fornecedores classe C, número que é potencializado ao longo do tempo, ao passo que os fornecedores implementam seus planos de recuperação.

 

O Manual de Requisitos para Fornecedores estabelece os critérios para a seleção, avaliação e monitoramento, com relação às questões de qualidade, logística, pós-vendas, comercial, ambiental, saúde e segurança ocupacional, além de responsabilidade social e governança corporativa. “Desde o início do processo, deixamos claro que nossa busca é por uma cadeia classe A. Os que não têm essa classificação, mas querem se desenvolver, encontram espaço para isso. Não estamos focados em preço, num contrato de um ano. Trabalhamos em parceria, focados num relacionamento de médio e longo prazo, a fim de perpetuar o negócio”, coloca Carvalho.

 

O manual é transparente e mostra ao fornecedor de que forma ele é avaliado e monitorado. A avaliação é realizada mensalmente e disponibilizada em uma plataforma on-line (Portal de Fornecedores), e um relatório de performance é enviado a cada fornecedor. “Fazemos uma análise crítica e, se necessário, ajudamos no plano de ação para que ele alavanque seus resultados. Se não houver melhora, ele é convidado para uma reunião, na qual tentamos avaliar de forma mais profunda porque o indicador não é atingido”, explica o diretor de Compras Corporativas e Logística Integrada das Empresas Randon, Marcelo Kuver.

 

Hoje, 10% da cadeia de abastecimento é classe C. “Todos estão passando por esse processo de desenvolvimento, com reuniões periódicas para apresentação e avaliação das ações propostas. A quantidade de tempo e energia investida num fornecedor é alta”, avalia o executivo. A meta de chegar aos 100% de fornecedores A e B não pressupõe cortes daqueles que não atingirem os requisitos, e sim desenvolver os parceiros para que atinjam suas próprias metas.

 

O programa de seleção, avaliação e desenvolvimento dos fornecedores é global – o manual está disponível em quatro idiomas – com requisitos legais, normativos e requisitos específicos de cerca de 65 clientes, atualizado continuamente por um time especializado em gestão de fornecedores, de modo a se manter sempre alinhado a essas exigências. Para a efetividade do programa, a companhia conta com uma equipe de engenheiros e analistas especializados e qualificados em cada uma das áreas de atuação para auditar os fornecedores no seu ambiente. (Coisas de Agora)