Blog do Caminhoneiro
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou no início deste mês os dados referentes à produção de caminhões no Brasil no ano de 2021. De acordo com a entidade, apesar dos números bem melhores que os registrados em 2020, a falta de componentes para produção reduziu significativamente o total de veículos.
“A crise global de semicondutores provocou diversas paralisações de fábricas ao longo do ano por falta de componentes eletrônicos, levando a uma perda estimada em 300 mil veículos (em todos os segmentos). Para este ano, a previsão ainda é de restrições na oferta por falta de componentes, mas num grau inferior ao de 2021, o que projeta mais um degrau de recuperação”, afirmou o Presidente Luiz Carlos Moraes.
No segmento de caminhões, a produção chegou às 158.810 unidades, 74,6% maior do que o registrado no ano de 2020, quando foram produzidos 90.936 caminhões. No mês de dezembro, a produção caiu 13,8% no comparativo com novembro, com 12.395 caminhões fabricados, ante 14.380 de novembro.
Já no comparativo com dezembro de 2020, a produção subiu 18,2%. No último mês do ano retrasado, foram produzidas 10.485 unidades.
Para 2022
Para este ano, o presidente da Anfavea mostrou otimismo moderado, apostando em uma recuperação em todos os indicadores da indústria.
“Temos uma indústria resiliente, que trabalhou de forma intensa para proteger seus funcionários nesses dois anos de crise, mitigar perdas e manter investimentos em produtos, dado que entramos em 2022 com uma nova e rigorosa fase do Proconve para veículos leves, que reduz ainda mais as emissões dos automóveis brasileiros”, destacou.
“Apesar das turbulências econômicas e do ano eleitoral, apostamos numa recuperação de todos os indicadores da indústria, que poderiam ser ainda melhores se houvesse um ambiente de negócios mais favorável e uma reestruturação tributária sobre os produtos industrializados”, concluiu Moraes. (Blog do Caminhoneiro/Rafael Brusque)